A Cadeia Pública de Cerejeiras implantou um projeto de cultivo de hortas pelos apenados em 2020. A iniciativa contou com o apoio do Conselho da Execução Penal de Cerejeiras e da Vara de Execuções Penais de Cerejeiras, na pessoa da juíza Dra. Ligiane Zigiotto Bender, que foi uma incentivadora do projeto. O Conselho da Comunidade da Execução Penal também apoiou o projeto.
O empenho dos policiais penais foi fundamental para o sucesso da iniciativa, pois foram eles que trouxeram o projeto para a prática.
A realização do projeto se deu da forma relatada a seguir. Quatro presos do regime semiaberto foram selecionados para participar da iniciativa. Uma área do pátio da Cadeia Pública de Cerejeiras foi separada para tal fim, bem como a disponibilidade de recursos. Convém lembrar, a título de nivelamento de compreensão, que o cultivo de hortaliças necessita de pelo menos três imperativos básicos: tem que ter recurso hídrico para irrigar a horta, é necessário um local apropriado com terra orgânica e adubo animal, e é imprescindível o recurso humano para operar o cultivo das hortaliças.
O trabalho desenvolvido por presos, como cuidar de uma horta, há diversos benefícios, como a remissão da pena pelo serviço prestado. No entanto, o projeto foi executado em conformidade com a lei, para que não seja caracterizado como trabalho forçado, o que é vetado pelas leis brasileiras. A participação do preso no projeto é voluntária.
A princípio, as verduras e legumes colhidos estão sendo consumidas pelos próprios reeducandos e pelos servidores da Cadeia Pública do Município de Cerejeiras. Recentemente, as hortaliças produzidas pelos detentos foram fornecidas em instituições filantrópicas e sociais, como o Abrigo Municipal, e o Hospital Municipal São Lucas de Cerejeiras.