A tentativa de feminicídio aconteceu no dia 31 de maio, quando uma mulher teria sido arrastada de carro pelo companheiro, no Bairro Bela Vista. A vítima foi socorrida ao Hospital Regional de Vilhena em estado grave, sobrevivendo aos ferimentos. Em seguida, a Polícia Civil abriu uma investigação para resolver o crime.
Depois de colher depoimentos de vários envolvidos, a polícia descobriu que seria difícil colher informações, já que todos estavam embriagados e forneciam dados desconexos. Entre alguns dos relatos passados e que eram mentirosos estavam o fato de que a mulher teria sido arrastada por vários metros, e de que a mãe teria corrido e gritado por ajuda (quando na verdade, ela estava dentro de casa e saiu posteriormente ao fato para socorrer a filha já no chão).
Na versão do suspeito, ele teria afirmando que não viu a mulher. Após se irritar com a situação em que estava sua residência (com esposa e sogra embriagadas, assim como algumas pessoas fazendo ‘algazarra’ no local), teria saído com o carro sem olhar. Já na versão da vítima, ele havia segurado seu braço e soltou somente quando o veículo passou por um desnível.
Uma testemunha ouvida relatou que não conseguiu ver se ele estava ou não segurando o braço da vítima. Mas, notou o momento que o pé da moça pegou no pneu do veículo, quando esse passou pelo desnível, onde ela caiu e foi socorrida pelos bombeiros.
O suspeito foi indiciado por feminicídio, pois segundo o Delegado de Polícia Civil, Núbio Lopes, “entende-se que a vítima estava tentando entrar no carro após discussão com o companheiro. Ele é o motorista. Pelo fato de ele ser uma pessoa que dirige veículos, teria como saber que a mulher estava do lado. Ao sair com o carro, o suspeito assumiu que havia risco de morte, e não se importou.