Dados são da Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílio realizada pelo IBGE. Maiores taxas de isolamento também foram registradas entre pessoas com menor nível de instrução formal
A taxa de pessoas que adotaram um isolamento social mais rigoroso em Rondônia durante a pandemia da Covid-19 é maior entre a população de baixa renda, segundo a Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílio (PNAD) realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Esse índice de isolamento diminui conforme os salários aumentam. No estado, o isolamento foi adotado por 28% das pessoas com rendimento de até meio salário mínimo, enquanto entre os que recebiam uma renda maior que quatro salários mínimos, a taxa foi de 11,5%.
O fenômeno é o mesmo em todo o Brasil, mas em uma proporção menor. Em todo o país, aderiram ao isolamento rigoroso 27,8% da população que recebe até meio salário mínimo, e apenas 20,4% dos que possuem rendimento de mais de quatro salários mínimos.
Ainda de acordo com a PNAD, a taxa de isolamento também foi maior entre pessoas com menor nível de instrução formal, sendo aderida de forma mais rigorosa por 36,2% daqueles que não possuem instrução ou têm o ensino fundamental incompleto. Enquanto entre os que possuem nível superior ou pós-graduação, o índice foi de 7,7%.
Quando o recorte é feito por idades, o grupo que apresentou a maior taxa de isolamento foi o composto por crianças de 0 a 13 anos, com um índice de 58%. Já entre os idosos, 32,2% ficaram isolados e cerca de 1,6% não adotou nenhuma restrição social.
As mulheres também apresentaram maior isolamento, com cerca de 24,2% adotando a medida, contra 21,5% dos homens. A pesquisa ainda aponta a porcentagem das pessoas que aderiram completa, parcialmente ou não aderiram a recomendação de isolamento social:
- Rigorosamente isolados: 22,8%
- Só saíram de casa por necessidades básicas: 38,7%
- Reduziram o contato, mas continuaram saindo de casa ou recebendo visitas: 36,4%
- Não tomou nenhuma medida de restrição: 1,1%