A redação do site Folha de Vilhena recebeu nesta quarta-feira (24) a denúncia de uma família vilhenense sobre algumas situações de suposta negligência, em relação a um paciente internado no Hospital Regional da cidade. Os familiares já entraram com medidas no Ministério Público e na Defensoria Pública.
Em conversa com um filho do paciente, esse contou que o pai teria dado entrada no Hospital Regional de Vilhena vítima de um infarto do miocárdio. O homem ficou três dias internado, sendo liberado pelos médicos. Dois dias depois, ele precisou retornar ao local por sentir arritmia cardíaca, sendo medicado e internado novamente.
“Deram alta de novo para ele. No mesmo dia em que foi liberado, já à noite, meu pai precisou ser internado novamente, dessa vez com insuficiência respiratória”, narrou o filho da vítima. Segundo o filho, ele continua internado com um pedido de cateterismo em curso, sendo negado pelo Hospital que afirma não ser necessário.
Depois de tantos dias internado, a vítima passou a apresentar sintomas de tosse. “O Hospital está negando ceder um médico para acompanhar meu pai até Cacoal, onde seria realizado o cateterismo. Já vamos fazer o processo no particular, e eles continuam dificultando há dias essa liberação”, relatou em depoimento o vilhenense.
Como explicação, ele teria sido informado pela Direção do Hospital que eles não poderiam pagar hora-extra para um médico acompanhar o paciente até Cacoal. O motivo seria o quadro de horas pagas, que em Vilhena já está preenchido. Ainda segundo o filho da vítima, a Direção teria concordado em liberar o paciente caso a família pudesse pagar um médico particular para acompanhar o procedimento.
A família recorreu à Promotoria de Justiça, que notificou o Hospital Regional de Vilhena. Mesmo assim, a Direção teria novamente negado o pedido de cedência. Agora, a luta dos familiares é para que a administração libere o relatório médico do paciente, solicitado pela Defensoria Pública.
“Negaram me passar a cópia do prontuário do meu pai. Eu preciso dessa cópia, pois a Defensoria me passou um requerimento solicitando esse prontuário, no entanto o Hospital não quer me passar o documento completo”.
Nesta quarta-feira (24 de junho), a família foi informada de que o paciente testou positivo para Covid-19. Desamparados, eles contaram que por algum tempo o paciente esteve exposto na área de atendimento comum da Unidade de Saúde, sem receber o tratamento padrão em casos de suspeita, já apresentando tosse. Depois de vários dias, a vítima agora está sendo tratada no Centro de Atendimento à Covid-19.
RESPOSTA
O site Folha de Vilhena entrou em contato com a assessoria do Hospital Regional de Vilhena. Em um breve esclarecimento, a Direção teria informado que o paciente não pode ser transferido, pois está positivado com Covid-19 (o que inviabiliza a transferência).
Em relação à suposta retenção do relatório médico, a assessoria não se pronunciou.