Desde que surgiu no Brasil, o Covid-19 vem trazendo inúmeras consequências, além dos altos riscos à vida humana. Educação, Saúde e Economia são algumas das esferas mais atingidas pela pandemia no país, onde as consequências se arrastaram até atingirem a cidade de Vilhena.
Com aproximadamente 99 mil habitantes, segundo estimativa do IBGE em 2019, o município agora luta contra uma possível crise econômica local. Desde janeiro de 2020, quando começaram as complicações da pandemia, o mercado de trabalho vem sofrendo baixas significativas e amedrontadoras.
Em um levantamento realizado pela Associação Comercial e Empresarial de Vilhena (ACIV), os gráficos mostram a queda em muitos estabelecimentos comerciais no número de funcionários. As demissões acontecem sempre de um colaborador para cada empresa, podendo corresponder a mais demitidos em alguns casos. Os números de contratações, por outro lado, são baixos se analisados.
A pesquisa foi realizada em 113 empresas, sendo boa parte destas MEI’s. Ainda considerando o mercado de trabalho, 33% do comércio local prevê novas demissões nos próximos 3 meses, caso a situação se estenda como está. Isso porque, entre os problemas apontados durante a pesquisa, estão as quedas no faturamento e vendas dessas empresas durante o Covid-19.
Com pouco faturamento, 19% dos empresários precisaram buscar financiamento para superarem a crise. Pelo menos metade dos entrevistados afirmaram terem perdido entre 20% e 40% da receita no período. Isso reflete nas dificuldades em pagar salários a colaboradores e mantê-los na folha de pagamento mensal.
Muitos comerciantes temem um novo fechamento do comércio, falência e pagamentos de impostos e fornecedores em um período onde a queda nas vendas aumenta. Com esses temores, vem também o medo pelo acúmulo de dívidas e uma possível quebra na economia local, motivada pelo fechamento de inúmeras empresas que fomentam o capital de Vilhena.
A solução está sendo pensada pela Aciv, que por meio da pesquisa, teve como objetivo entender os reflexos da pandemia na economia do município. Tendo em mãos esses dados, a associação pensa em buscar ferramentas para contornar a situação, buscando minimizar os impactos econômicos locais.
