O prefeito Eduardo Tsuru divulgou release à imprensa no início desta semana que “Visando economia nas contas públicas, Prefeitura reduz pessoal e diversos gastos durante pandemia”.
Garante que “foram feitas exonerações, cortes de gratificações, corte de auxílio transporte, congelamento de novas compras, suspensão de contratos, de diárias e de conversão de direitos em pecúnia”.
Porém, essa não é a realidade encontrada no site do Portal da Transparência, que coloca à disposição dos cidadãos os verdadeiros números referentes a gastos da gestão pública.
A reportagem do Folha de Vilhena descobriu que, especificamente no quesito cargos comissionados, o prefeito cai numa contradição, já que ele afirma que “exonerou”, mas o Portal da Transparência revela que há 623 comissionados na prefeitura, sendo 607 servidores e 16 secretários municipais.
Ocorre que o Portal da Transparência está desatualizado desde 30 de abril, ou seja, há 15 dias sem incluir ou retirar servidores nomeados ou exonerados, conforme comprova a imagem abaixo.
Porém, a edição de quarta-feira, 13 de maio, do Diário Oficial do Município de Vilhena, revela que foram exonerados quase 30 comissionados lotados na Secretaria Municipal de Educação (Semed).
O mais interessante disso é que quase todos os servidores pertencem à categoria “Assessor Especial III, IV, V e VI”, que têm salários de R$ 1.045,00. Enquanto isso, o prefeito mantém no seu staff comissionados considerados “peças-chaves” no meio eleitoral com R$ 7,9 mil cada.
Ou seja, Japonês prefere exonerar 30 servidores que totalizam salários de R$ 30 mil e manter no se quadro de servidores 3 que totalizam quase R$ 24 mil.
É o caso dos ex-secretários municipais e Vivian Repsold (Semed), Marcelo de Oliveira, o “Boca” (Semosp) e Patrícia Aparecida da Glória (Semas).
Eles, que são considerados pré-candidatos nas eleições de outubro, pediram exoneração da titularidade das pastas para atender a Lei Eleitoral que prevê o afastamento de 6 meses dos cargos para quem é ordenador de despesas.
Após deixarem as pastas, “Boca” e Patrícia foram nomeados no cargo de Assessor de Integração Governamental, com salários de R$ 7,9 mil. Já Vivian, que é professora efetiva da Semed, continuou ganhando R$ 7,9 mil como Assessor de Integração Governamental, porque ela respondia “de fato” pela Semed, mas não era “de direito” nomeada como secretária.
Veja a lista de comissionados que foram exonerados nesta semana no link a seguir: