Os ônibus dos campi Colorado do Oeste e Vilhena do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia (IFRO) foram usados na repatriação de rondonienses que estudam na Bolívia. Os próximos serão os veículos dos campi Ji-Paraná e Porto Velho Calama, que saíram no dia 15 para buscar estudantes que estudam no Paraguai.
A ação conjunta reúne a Agência Estadual de Vigilância em Saúde (Agevisa), a Secretaria de Estado da Segurança, Defesa e Cidadania (Sesdec), através da Defesa Civil do Corpo de Bombeiros Militar (CBMRO), gerências regionais da Secretaria Estadual de Saúde (Sesau), vigilâncias municipais, Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Rondônia (Emater), Polícia Rodoviária Federal (PRF) e o IFRO.
O Instituto Federal faz o apoio logístico cedendo ônibus, combustível e no caso de Vilhena ainda houve o empréstimo dos trabalhos de motoristas para tornar possível a chegada dos estudantes.
Segundo informações do Governo do Estado, no último final de semana foram repatriados para o Brasil 159 universitários rondonienses, que estavam em Cochabamba e Santa Cruz de La Sierra (Bolívia). Com as aulas suspensas e a impossibilidade de retornarem ao país devido as barreiras nas fronteiras de entrada e saída dos países vizinhos e aos voos que estão suspensos, os brasileiros contaram ainda com apoio dos quartéis do Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul (CBMMS) em Campo Grande e Corumbá, e também do Corpo de Bombeiros Militar do Mato Grosso (CBMMT) em Cuiabá.
“O momento de pandemia nos permite fazer uma reflexão das nossas ações, e do quanto a sociedade espera receber de uma instituição de ensino. O que podemos fazer, além de entregar uma educação pública, de qualidade e gratuita, é dar exemplo que independente da área de atuação as instituições públicas e privadas de alguma forma podem colaborar com o combate à Covid-19. E o IFRO Campus Vilhena está à disposição com seus recursos humanos e estrutura física e tecnológica para o que for necessário, pois esse momento é de unir forças. Nesse momento de angústia e incertezas, o que mais queremos é estar perto da nossa família, e saber que o IFRO pode colaborar que os estudantes voltem para casa, isso é muito gratificante”, avalia do Diretor-Geral do Campus Vilhena, Aremilson Elias de Oliveira.
Na primeira viagem, os ônibus trouxeram 72 alunos, sendo que o ônibus do Campus Colorado do Oeste chegou em Campo Grande às 22 horas do dia 10/04 e no dia 12/4 estava em Porto Velho, com desembarque ocorrendo às 19 horas. Além de Porto Velho, também estavam estudantes que desembarcaram em cidades do interior, como Pimenta Bueno, Cacoal, Ji-Paraná, Jaru e Ariquemes.
Segundo o Diretor-Geral do Campus Colorado do Oeste, Marcos Aurélio Anequine de Macedo, o atendimento enquanto órgão público foi a uma demanda do Corpo de Bombeiros, através do Consulado Brasileiro. “Cidadãos rondonienses que estudam na Bolívia e que precisam retornar ao estado de Rondônia, ou seja, uma repatriação legal através do Consulado do Brasil”.
Na comitiva que estava nos ônibus do IFRO, quatro bombeiros acompanharam a repatriação, garantindo a segurança e os procedimentos adequados, a fim de assegurar o direito de retorno ao Estado.
Paraguai
A próxima missão, denominada “Repatriados 6”, sairá nesta quarta (15) para Ponta Porã (MS), que faz fronteira com Pedro Juan Caballero (Paraguai), em comboio com mais outros dois ônibus para trazer 166 repatriados para Rondônia até domingo, dia 19. Os ônibus cedidos pelo IFRO serão dos campi Ji-Paraná e Porto Velho Calama.
Conforme o Diretor-Geral do Campus Porto Velho Calama, Leonardo Leocádio, a instituição “demostra mais uma vez seu compromisso com a sociedade, nesta ação humanitária importante. Disponibilizamos nosso recurso para poder apoiar e sempre que a comunidade precisar estaremos disponíveis para atender. Somos parceiros e nosso espírito é sempre de servir. Isso nos deixa contentes e orgulhosos”.
A Diretora-Geral do Campus Ji-Paraná, Letícia Carvalho Pivetta, acrescenta que o IFRO “está sempre disposto, na medida do possível, a contribuir com a sociedade. Neste momento de pandemia, contribuir com as famílias rondonienses é muito importante. E diante dos recursos disponíveis ao campus, faremos o que for possível para ajudar”.
