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Autoridades de saúde passam a recomendar máscara de pano


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Porto Velho, RO – A Sociedade Brasileira de Infectologia afirma, por meio de nota, que a máscara de pano pode ser recomendada para quem precisa sair de casa, pois é capaz de diminuir a disseminação do novo vírus por pesssoas assisntomáticas ou pré-sintomáticas.

“Para a população que necessita sair de suas residências, a máscara de pano pode ser recomendada como uma forma de barreira mecânica”, informa o comunicado.

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No entanto, a entidade ressalta que esse tipo de máscara não impede que aqueles que a utilizam possam ser infectados pelo coronavírus, pois “não possui capacidade de filtragem”.

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Em entrevista ao R7, o infectologista Carlos Fortaleza, da Sociedade Brasileira de Infectologia, alertou sobre as limitações dessa medida de prevenção:

“Ela tem menos da metade da eficácia da máscara cirúrgica”, destacou. “O que me preocupa é que as pessoas pensam que se usarem máscara de pano podem reabrir o comércio, mas não podem”, acrescentou.

O uso da máscara cirúrgica segue restrito para pacientes com sintomas respiratórios – tosse, espirro, dificuldade para respirar – e profissonais de saúde. A instituição também reforça a importância de manter outras medidas preventivas como a lavar as mãos e fazer isolamento social.

O Ministério da Saúde vai lançar uma campanha digital pela mobilização da população para fabricar as próprias máscaras de pano. De acordo com o órgão, a máscara caseira pode ajudar na prevenção contra o novo coronavírus, mas para ser eficiente precisa de duas camadas de pano e deve ser de uso individual.

Ela pode ser feita de diversos tecidos, como algodão, tricoline ou TNT. O importante é que seja higienizada, tenha as medidas corretas para cobrir totalmente a boca e nariz e esteja bem ajustada ao rosto, sem deixar espaços nas laterais.

“Tem que ser lavada pelo próprio indivíduo para que se possa manter o autocuidado. Se ficar úmida, tem que ser trocada. Pode lavar com sabão ou água sanitária, deixando de molho por cerca de 20 minutos”, orienta o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta.

Leia a nota da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) na íntegra:

“A Sociedade Brasileira de Infectologia recomenda, sempre que possível, o uso da máscara cirúrgica durante a permanência do profissional no serviço de saúde ou hospital. Ademais, é desejável que as máscaras sejam trocadas por ocorrência de sujidade ou excesso de umidade. Principalmente em instituições de referência para atendimento de pacientes com Covid-19, preocupa-nos a possibilidade de transmissão da infecção entre profissionais de saúde (transmissão intra-hospitalar), como já descrito em outros países.

Com a escassez dos equipamentos de proteção individual (EPI) em face da pandemia, avalia-se o uso das máscaras de pano. Porém, em serviços de saúde, elas não devem ser usadas sob qualquer circunstância, de acordo com o mesmo documento citado anteriormente.

Para a população que necessita sair de suas residências, a máscara de pano pode ser recomendada como uma forma de barreira mecânica. Conquanto, há de ser destacada a importância da manutenção das outras medidas preventivas já recomendadas, como distanciamento social, evitar tocar os olhos, nariz e boca, além de higienizar as mãos com água e sabonete ou álcool gel 70%. A máscara de pano pode diminuir a disseminação do vírus por pessoas assintomáticas ou pré-sintomáticas que podem estar transmitindo o vírus sem saberem, porém não protege o indivíduo que a está utilizando, já que não possui capacidade de filtragem. O uso da máscara de tecido deve ser individual, não devendo ser compartilhado.”

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