Por determinação da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), a Energisa está proibida de efetuar cortes de energia durante três meses. A decisão foi tomada em nível nacional pelo órgão regulador como forma de diminuir o sufoco financeiro dos consumidores. Mas a Energisa encontrou uma brecha na resolução para continuar arrochando seus clientes.
Impedida de cortar o fornecimento de energia durante um trimestre, a empresa está inscrevendo os devedores no Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) e Serasa. Ou seja: o consumidor pode até atrasar a conta de luz, mas fica com o nome sujo, perde crédito e fica impedido de contratar financiamentos, cartões de crédito, fazer compra no comércio, entre outras conseqüências.
Para acabar com mais este abuso da Energisa, considerada a empresa inimiga número 1 da população rondoniense, a deputada estadual Cássia Muleta (Pode) apresentou, nesta terça-feira, na Assembleia Legislativa de Rondônia, projeto de lei que proíbe a inscrição no órgão de restrição e proteção ao crédito dos consumidores que estejam em atraso nas contas de serviços essenciais, como de fornecimento de energia elétrica e água, pelo prazo de 90 dias. O projeto foi aprovado em primeira e segunda votações e vai à sanção do governador Marcos Rocha (PSL).
A iniciativa da parlamentar rondoniense visa proteger a população durante a pandemia de coronavírus, que fez sua primeira vítima fatal no estado – uma mulher de 66 anos, que morreu em Porto Velho em conseqüência da Covid -19.