Nos dias 20 e 21 de janeiro, às 8h, o Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE), em Vilhena estará realizando a abertura de envelopes referente a licitação das obras de Ampliação e Readequação de Abastecimento de Água e Implantação de Esgotamento Sanitário, na cidade.
De acordo com a diretora do Departamento de Planejamento e Projetos do órgão, Sueli Magalhães, em entrevista ao Folha, nesta sexta-feira, 17, as obras deverão começar em 60 ou 70 dias, e elas virão de encontro com a necessidade do SAAE de fazer reservação de água e a substituição de redes em pontos estratégicos e críticos da cidade.
“Hoje nós temos 36 poços funcionando e vamos manter aproximadamente 20 poços para a economia de energia. A reservação de água ela será feita durante a noite e distribuída durante o dia. Então, é muito importante que as pessoas tenham também nas suas casas caixas d’agua para que quando for começar as obras ou mesmo hoje quando nós fazemos a manutenção dos poços ou em redes não fiquem sem água”, alertou ela.
Segundo Sueli, a obra de “Água” terá um prazo de 24 meses para serem concluídas. Ela explica que a obra deverá sanar de vez os problemas envolvendo o rompimento de redes e também com a questão de hidrômetros.
Já no quesito esgoto, a diretora explica que será implantada em Vilhena a primeira etapa do sistema de esgotamento sanitário. Segundo ela, a cidade não tem nada de esgoto, apenas foças sépticas e precisa que inicie urgentemente um projeto de esgoto.
“A nossa água ela vem do Aquífero dos Parecis. Ele é de grande importância aqui para região Centro Oeste e para nós aqui do Cone Sul de Rondônia. É do qual Vilhena capta água através de 36 poços. Então, precisamos eliminar as foças que existem na cidade e proteger o nosso aquífero para que tenhamos água de qualidade o tempo todo”, relata.
Conforme Magalhães, o projeto de esgoto começará pelo sistema de tratamento (aonde vai todo o influente) que será feito numa propriedade rural do SAAE. Em seguida, será iniciada a rede com estações elevatórias.
“No primeiro ano de obras, as pessoas quase não vão ver nada nas ruas, só hidrometação. Porque a obra pesada ficará ainda nas estações, tanto a estação de tratamento, quanto as estações elevatórias. Um projeto de esgoto ele é composto de além do sistema de tratamento de esgoto e a rede, com as estações elevatórias que é aonde chegam os influentes que são transportados para outra estação até chegar ao nosso sistema de tratamento chamado ETE – Estação de Tratamento de Esgoto”, explica.
De acordo com a diretora, os projetos irão atender no primeiro momento até 150 mil habitantes. Segundo ela, ambos foram projetados para dar conta de atender esse número de pessoas em Vilhena.
“E, por isso nós estamos pedindo para as pessoas colaborarem quando nós começarmos as obras, terem paciência porque nós vamos abrir na frente das casas, na calçada, e vamos passar com as redes ali. Mas será um transtorno momentâneo, que virá pra sanar os problemas de saneamento do município de Vilhena”, pontua.
Segundo Sueli, a obra da Ampliação e Readequação de Abastecimento de Água está orçada em R$ 31 milhões. Já a primeira etapa da Implantação de Esgotamento Sanitário custará R$ 45 milhões em obras físicas. O dinheiro é do Governo Federal em contrapartida com a prefeitura de Vilhena.
“Na 1ª etapa, nós vamos entrar com 174 mil de contrapartida no ‘Água’ e no esgoto zero de contrapartida, mas nós temos ainda alguns milhões para trás para concluir a 2ª parte das primeiras etapas. Nós dividimos em duas etapas, conforme orientação do Ministério e da Caixa Econômica Federal para execução da obra”, concluiu Sueli.
Hidrômetros
O Diretor Geral Interino do SAAE, Paulo Coelho, disse também em entrevista ao Folha que Vilhena só tem 11.111 hidrômetros implantados. O número é ainda inferior ao que ainda falta a ser colocado nas residências que é de 21.426 hidrômetros.
No entanto, segundo Coelho, com este projeto do Governo Federal que está para ser lançada em Vilhena, a cidade será comtemplada com 22 mil hidrômetros.
“Então, significa que no período máximo de três anos, 100% da cidade vai ser hidrômetrada. São 22 mil hidrômetros que vão ser adquiridos com dinheiro do Governo Federal e não vai ter nenhum custo ao município”, disse ele.
Para o diretor geral, a implantação dos hidrômetros é uma forma de economizar e cuidar da água da cidade. “Hoje em dia, Vilhena está tendo muito desperdício de água por não ter hidrômetro”, ressaltou Coelho.