No Brasil, segundo uma pesquisa feita através do aplicativo de segurança PSafe, mais de oito milhões e meio de brasileiros já sofreram algum tipo de golpe semelhante à clonagem de WhatsApp. Dentre uma das vítimas está um vilhenense, que denunciou o caso à Delegacia de Polícia de Vilhena, nessa terça-feira (17 de dezembro).
Com a clonagem da conta que pertencia à vítima, o suspeito passou a entrar nas redes de contato e pedir dinheiro para outras pessoas. Todos os dados sobre as contas bancárias referentes ao depósito foram deixados na Unidade Integrada de Segurança Pública (UNISP).
Pedir dinheiro a amigos está entre uma das porcentagens de crimes praticados contra vítimas que têm suas contas de WhatsApp clonadas. Além disso, vazamentos de conversas, envio de links com golpes, perda de conta e chantagem também estão entre as práticas dos cibercriminosos.
Uma pesquisa realizada pelo aplicativo de antivírus Dfndr revelou que, somente em 2019, mais de 134 mil tentativas de roubo a contas de WhatsApp foram detectadas. O modo operandis dos suspeitos é muito característico: através da obtenção do código de autenticação do aplicativo e/ou por meio das próprias operadoras de telefone.
Em muitos casos, as vítimas são conduzidas pelos cibercriminosos a fornecer o código de autenticação do WhatsApp sob a justificativa de proteção ou outro. No entanto, também pode acontecer a clonagem do próprio número de telefone (onde o suspeito entra em contato com atendentes da operadora e usando de falsa identidade ou suborno conseguem informações privilegiadas).
Estar imune à prática é incerto. Mas há formas de tentar prevenir uma clonagem. Evitar informar o código de autenticação ainda é a forma mais segura de prevenir um golpe. Outro método utilizado é a confirmação em duas etapas, ativado no próprio aplicativo WhatsApp, que gera duas fases para ativação da conta em um novo aparelho. Além disso, a configuração mantém sua conta sempre em verificação, ao solicitar de tempos em tempos o número do PIN utilizado pelo usuário para o cadastro.
Em caso de clonagem por vazamento de informações cometidas pela empresa de telefonia, a vítima tem o direito de recorrer na justiça e processar. No Brasil, uma empresa já foi condenada a pagar R$ 20 mil em indenização após um cliente ter suas informações vazadas e a conta de WhatsApp invadida.
