Desde o início do ano a Secretaria Municipal de Administração (Semad) trabalha intensamente na organização do segundo leilão de bens da Prefeitura de Vilhena. Já prevista antes mesmo da realização do primeiro leilão, em maio, a venda de itens antigos e inservíveis da administração pública deverá arrecadar mais de R$ 100 mil e gerar economia de dezenas de milhares de reais empregados no aluguel de depósitos e taxas de veículos inutilizados.
“Desde que entrei no cargo solicitei aos servidores que levantassem todo o ‘peso morto’ que a Prefeitura tinha em móveis, veículos e itens abandonados por todas as secretarias. Foi uma surpresa a quantidade de itens inservíveis que foram encontrados. Havia até mesmo lixo no Hospital. Somente de lá tiramos várias toneladas de entulho. (Lembre aqui). O primeiro leilão, assim, aconteceu em maio deste ano. Essa é uma forma de evitar gastos com armazenamento e taxas de veículos que estão parados”, explica o prefeito Eduardo Japonês.
Seguindo as orientações do Gabinete, em outubro de 2018 a Secretaria Municipal de Obras (Semosp) “tirou do toco” (consertou) 10 veículos que estavam parados e estragados em seu pátio. Lembre aqui. Atento ao assunto, logo na sequência da divulgação desta notícia, o Ministério Público notificou a Prefeitura para leiloar as carcaças ferrosas da Semosp que se acumulam na Obras há vários anos e são irrecuperáveis.
“Então, fechamos nosso levantamento geral e contratamos no dia 9 de maio deste ano um leiloeiro já para dois anos, prevendo um segundo leilão e um terceiro, possivelmente. Isso porque muitos itens exigiam documentação mais complexa, com análise caso a caso, e deixamos para esta segunda oportunidade”, explica Welliton de Oliveira, secretário municipal de Administração, enquanto revela que a previsão para realização do segundo leilão é ainda no primeiro semestre de 2020.
O leiloeiro não tem custo para a Prefeitura e recebe apenas uma porcentagem do valor final do bem arrematado, sendo esta parcela paga pelo comprador. Atualmente a Secretaria Municipal de Meio Ambiente trabalha na liberação do prédio do antigo Verdurão, através do trabalho de falcoaria com captura alguns pombos que fizeram ninhos no barracão. O serviço deve terminar nas próximas semanas e, após isso, uma comissão será definida para separar os lotes e transportar todos os itens a serem leiloados para o prédio.
“Já temos reservados cerca de 10 lotes que não tiveram interessados no primeiro leilão para esta segunda venda e vamos adicionar muitos bens móveis e imóveis novos. O valor arrecadado será usado para adequar as instalações do almoxarifado atual, que passará por reforma com implantação de prateleiras grandes de metal, setor administrativo e empilhadeira elétrica, atendendo normas de acondicionamento”, revela Valentim Gabriel, da Semad, responsável pelo processo.
Neste segundo leilão estarão incluídos objetos de escritório, escrivaninhas, armários, eletrônicos velhos, aparelhos de ar-condicionado, cadeiras, mesas, cofres, máquinas e sucatas ferrosas. Todos são itens ociosos, antieconômicos (ou seja, que têm conserto mais caro que o bem novo), irrecuperáveis ou inservíveis.
Por vários anos a Prefeitura chegou a pagar aluguel de terreno de até R$ 16 mil por mês apenas para depositar sucatas e objetos não utilizados. Este segundo leilão vai permitir que a administração economize esse valor e ainda deixe de pagar taxas de veículos que não estão rodando.
O primeiro leilão arrecadou quase R$ 170 mil para o Saae (Serviço Autônomo de Água e Esgoto) e quase R$ 500 mil para a Prefeitura. A estimativa é que os itens restantes alcancem valor total final de até R$ 100 mil, conforme as secretarias informem à Semad novo levantamento de bens a serem destinados para o leilão até o fim deste ano.