Em Rondônia, 21 escolas estão preparadas para iniciar o ano letivo de 2020 com o projeto piloto do Novo Ensino Médio, sendo 17 unidades escolares sediadas no interior do Estado e quatro na Capital. A informação foi dada pelo secretário Estadual de Educação, Suamy Vivecananda, durante a solenidade de abertura da 1ª Formação para o Ensino Médio, nesta terça-feira (5) e quarta-feira (6) no auditório do Hotel Golden Plaza, em Porto Velho, com a participação de coordenadores regionais de educação, gerentes pedagógicos e supervisores escolares.
O secretário de Educação afirmou que o Governo do Estado fez uma alteração em relação aos investimentos no ensino médio, antes foi dada atenção substancial na correção do fluxo, idade série do aluno; no contexto atual as ações governamentais foram focadas no atendimento que agregam valor na proficiência, o ensino.
“É o aluno que vai nos levar pra frente, o aluno que será o engenheiro, advogado, precisamos ajudar a alavancar estes. Nós precisamos corrigir as distorções no ensino, alinhar conceitos para fazermos as mudanças”, refletiu Suamy, alertando que as mudanças acontecerão com cautela e cuidado para não operar fora da realidade.
ELETIVAS
Suamy Vivecananda disse que as mil horas que contemplam a parte flexível do currículo é um desafio para equipe pedagógica da Seduc, que está organizando os itinerários formativos. Nessa parte haverá uma conexão entre o ensino e a realidade, como forma de preparar as novas gerações para o mundo do trabalho e para vida. Os alunos terão oportunidade de iniciar um itinerário formativo logo no primeiro ano do ensino médio.
“Quanto ao itinerário que trata da educação profissional, isso será mais tranquilo para nós, porque já temos um projeto muito bem definido pelo Instituto Estadual de Desenvolvimento da Educação Profissional – IDEP, autarquia vinculada à Seduc, e preciso definir as eletivas, entender que precisamos sair da zona de conforto, assim iremos avançar passo a passo, ano a ano, com todo cuidado para evitar passadas além do alcance. Queremos ampliar os projetos das escolas de forma que possamos cumprir a lei”, disse Suamy.
LEGISLAÇÃO
O Novo Ensino Médio é uma reforma na grade curricular aprovada pela lei nº 13.415/2017, que alterou as diretrizes e bases da educação nacional e estabeleceu mudanças na estrutura de ensino.
Além de ampliar o tempo mínimo do estudante na escola de 800 horas para 1.000 horas anuais, o novo sistema define uma organização curricular mais flexível e adota a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que estabelece um currículo comum obrigatório para todos os alunos.
As redes e escolas tem até o ano de 2020 para se adaptar à nova legislação federal. A proposta da Base Curricular é garantir aprendizagens comuns e obrigatórias aos estudantes e está organizada por quatro áreas de conhecimento: matemática, linguagens, ciências humanas e ciências da natureza, sendo o português e a matemática as únicas matérias obrigatórias nos três anos de ensino.
As disciplinas eletivas que estão inseridas nas mil horas de flexibilidade do novo currículo trazem consigo os sonhos, os desejos e as expectativas dos estudantes, ampliando conceitos e aprofundando as áreas de conhecimento, tem como foco o projeto de vida do estudante. Elas se renovam a cada semestre, com planejamento e participação da comunidade escolar.
