O Brasil tem registrado, nessa penúltima semana de agosto, um fenômeno que tem assustado moradores de vários Estados. Com céus nublados e dias que se tornaram noite (alguns registros fotográficos também dão conta de um sol avermelhado e sem brilho durante os horários de pico), muitos lugares tem empalidecido frente ao grande cobertor de fumaça que se espalha pelo país.
Dados divulgados pelo InfoAmazônia, durante a última quinta-feira (15 de agosto), apontaram Porto Velho (RO) como um dos cinco municípios brasileiros com maior índice de focos de incêndio e alertas de desmatamento. Os outros quatro também se situam na região Norte e Centro-Oeste, sendo eles: Apuí (AM), Corumbá (MS), Altamira (PA), e Caracaí (RR).
Mesmo sem dados, o grande número de queimadas no Estado rondoniense pode ser sentido pelos moradores. Registros fotográficos feitos na Capital mostraram o céu completamente tomado por uma camada cinza, impossibilitando a visão do famoso Rio Madeira.
A situação, que arrancou algumas piadas na internet, vem abalando o resto do país – que se assustou ao acordar nessa segunda-feira (19) com fumaça em várias cidades Brasil afora. Além do susto, o problema ecológico e ambiental que está tomando proporções devastadoras para a Natureza também exigiu do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Rondônia (CBMRO) um alerta geral.
O comunicado alertou a população em geral para que se atentem às queimadas ilegais, sem o aval da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Ambiental (SEDAM). Para realizar as queimadas legais, algumas exigências como a comunicação aos vizinhos com antecedência sobre o período de queima, o aceiro com largura mínima de 3 metros, a verificação do vento e da temperatura ambiente, entre outros, devem ser seguidas.
Ainda segundo o CBMRO, os municípios de Pimenta Bueno e Nova União estão entre os que tiveram os piores registros de queimadas até o momento. A demanda para o atendimento dos bombeiros está tão intensa, que o Governo do Estado precisou tomar medidas para mover mais agentes do CBMRO em regiões onde as necessidades são maiores.
“Por fim, o Corpo de Bombeiros Militar informa que está atuando com todo o esmero, capacidade e equipamentos disponíveis para combater os incêndios florestais e queimadas não autorizadas, de modo a reduzir o dano ambiental e o lançamento de gases na atmosfera que causam enormes prejuízos à saúde pública. Precisamos da colaboração da população para evitar queimadas que já estão trazendo prejuízos à saúde e bem estar de todos”, esclareceu o comunicado.
SAÚDE PÚBLICA
Com 63,3 mil focos de calor registrados até a última quarta-feira (14 de agosto), e 50,5% da Amazônia atingida por esses focos, o problema ambiental torna-se também um problema de saúde pública.
A emissão de gases Carbono, além de derivados químicos derivados encontrados nos lixos queimados, está jogando no ar componentes altamente prejudiciais à saúde. Pessoas com problemas respiratórios já vem sentindo o impacto das queimadas, e a situação tenderá a piorar se nada for feito para apaziguar o caos.
Seja consciente, você também respira esse ar. Não queime sem autorização, não compactue com queimadas ilegais, não degrade o seu habitat natural, denuncie através dos telefones (0800 647 1150) ou (193). Em caso de emergências, ou risco iminente de queimadas ligue para 193.
Fique por dentro do monitoramento em tempo real feito pelo Windy sobre os focos de queimada e emissão de CO² no mundo através do link https://www.windy.com/pt/-Concentra%C3%A7%C3%A3o-de-CO-cosc?cosc,-11.846,-51.768,5 . Confira também o comunicado na íntegra feito pelo CBMRO, através do link https://www.cbm.ro.gov.br/index.php/transparencia/noticias/486-comunicado-cbmro-sobre-queimadas . Além disso, leia na íntegra a pesquisa realizada pelo InfoAmazônia, através da matéria abaixo:
https://infoamazonia.org/pt/2019/08/portugues-satelites-da-nasa-mostram-alta-de-queimadas-junto-ao-desmatamento/#!/story=post-20082
*Com informações InfoAmazônia/CBMRO
