Três homens que planejavam roubar fazendeiro a mando de um detento da PED (Penitenciária Estadual de Dourados) foram presos por policiais da Derf (Delegacia Especializada de Roubos e Furtos) na última terça-feira, 23, na Rua Wilson Paes de Barros, na Vila Nova Campo Grande. Com o bando foi localizado revólver calibre 38 com seis munições intactas, quatro celulares, uma touca de lã preta e um veículo Fiat Strada prata.
Os detidos são: M.P.F de 43 anos, R. S. B. de 25 anos, e W. F. de S. de 27 anos. Eles, que foram autuados por organização criminosa, passarão por audiência de custódia na Justiça nesta manhã, para definir se ficarão pesos esperando o andamento do inquérito ou se responderão em liberdade.
Equipe da Policia Civil recebeu informação de que integrantes da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) realizariam roubo com cárcere de vítima a mando de C. R. de O., conhecido como “Anjo da Noite”, mentor do crime. Atualmente, ele está preso na cela 19 do raio II da PED, pavilhão destinado aos membros de facção.
Com as informações em mãos e placa do veículo, os policias fizeram campana e conseguiram abordar a picape ocupada por Milton, Rafael e Wagner. Milton, segundo a polícia, tem passagens por receptação e estelionato e já foi preso em Ponta Porã pelo mesmo crime, quando pretendia transportar veículo roubado para o País vizinho.
Ele confessou aos policiais que foi contratado pelo detento identificado como “Anjo da Noite” para levar Rafael e Wagner até uma fazenda localizada nos fundos do aeroporto. Pelo serviço receberia R$ 50 mil. Os três roubariam a vítima e levariam a caminhonete de um fazendeiro, que vinha de Goiânia fazer uma transação de gado.
Vindo de Rondônia, W. F. de S. que já foi condenado a 11 anos de prisão por tráfico e responde por porte ilegal de arma de fogo, relatou que está há pouco tempo na cidade. O único que ainda não tinha passagem era Rafael. Os dois negam que iriam praticar o roubo com cárcere privado. A polícia já solicitou autorização judicial para ter acesso aos contatos, mensagens e registros dos celulares apreendidos com o grupo. O caso é investigado pela Derf.