A Polícia Civil do Estado de Rondônia por meio da Delegacia de Presidente Médici-RO divulgou na manhã desta quinta-feira (02 de maio), a localização de uma ossada humana que pode estar ligada a uma sequência de homicídios pertencentes à operação “Viúva Negra”.
A suspeita é de que a ossada encontrada pertença a um jovem que teria participado no primeiro assassinato que está sob investigação, conhecido como Leonardo. Esse adolescente havia desaparecido antes de prestar depoimento na Delegacia de Polícia Civil (onde estava sendo considerado como cúmplice).
O PRIMEIRO CRIME
A história da investigação mais tarde chamada por “Viúva Negra” começou em março de 2008, quando o primeiro marido (identificado como Marcos) havia sido assassinado com um tiro na cabeça enquanto ordenhava algumas vacas, numa área rural de Presidente Médici.
Na época, Leonardo estava na companhia da vítima quando o crime aconteceu. A polícia acredita que a morte de Leonardo, cuja ossada foi encontrada recentemente, foi uma queima de arquivos por presenciar a cena.
Com o desaparecimento de Leonardo já naquela época, a primeira esposa teria sido levada a Júri Popular e absolvida por falta de provas. Com o desfecho, o caso acabou sendo arquivado.
O SEGUNDO CRIME
Entretanto o caso foi reaberto em 2018, quando no mês de novembro um homem conhecido como João Ramos teria sofrido uma primeira tentativa de homicídio. A motivação seria uma série de revelações que a segunda vítima estava fazendo a respeito da morte de Marcos.
Movido por uma separação e uma tentativa de retorno frustrada com a ex-companheira, João Ramos passou a falar para alguns conhecidos que teria sido ele a praticar o assassinato de Marcos a mando da esposa do falecido (que era sua cunhada). Além disso, João também alegou que ele e sua esposa teriam sido responsáveis por dar cabo à vida de Leonardo no ano de 2008, em Buritis (RO), recebendo a quantia de R$ 1.000,00 pelo serviço.
O DESFECHO
A segunda tentativa contra a vida de João Ramos, no final de janeiro de 2019, teve seu objetivo alcançado quando ele foi baleado com nove tiros de pistola na cidade de Presidente Médici.
Com as informações colhidas durante o processo de investigação, as esposas de Marcos e João Ramos foram apontadas como as mandantes do crime (motivadas pela necessidade de ocultar os crimes cometidos contra Marcos e Leonardo anteriormente).
Um vídeo onde João Ramos confessava a autoria dos crimes e a participação das viúvas em ambos também foi encontrado pela Polícia. As viúvas e o atual companheiro de uma delas estão sob custódia do Estado, e o inquérito segue em processo de investigação para identificar os atiradores que mataram João Ramos.
Texto: Mizellen Amaral
Fonte: ASCOM-PCRO
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