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A luta pela aceitação do próprio corpo acima dos padrões sociais de perfeição


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Anggie Orneta Gordon, 30 anos, (Foto: Divulgação)

Dona de casa. Empresária. Mecânica. Professora. Caminhoneira. Dançarina. Chefe de cozinha. Escritora. Advogada. Psicóloga. Jornalista. São muitas as profissões que uma mulher pode assumir em sua vida. Assim como são enormes os preconceitos que elas encontram nessa caminhada, enquanto mães e mulheres, reforçados pelos padrões de beleza e estética amplamente divulgados através dos anos e rebatidos com o passar deles.

A designer em unhas, Anggie Orneta Gordon (30 anos) fez um ensaio fotográfico que repercutiu em suas redes sociais nos últimos dias trabalhando a temática da autoaceitação e da paixão pelo próprio corpo, que rendeu muitos questionamentos e elogios de seus seguidores. “Na verdade conta para mim o que eu sinto. Tem algumas pessoas que questionam o fato de eu ser mãe, mas isso não significa que morri. Tenho filho sim, cuido dele e o mantenho sempre arrumadinho, porque então eu não posso me arrumar? Porque sou mãe? Eu acho que não”.

A eterna saga do corpo perfeito, como pontua a entrevistada, acaba fazendo que que mulheres no mundo todo procurem procedimentos estéticos e clínicos cada vez mais agressivos, em uma tentativa de entrar nos padrões de beleza impostos pela sociedade. Padrões esses que podem custar muito caro.

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“Existem muitas pessoas que se apegam a essa ideia de corpo perfeito, tentando emagrecer a todo custo. Tem inúmeras mulheres com quem converso que acabam concordando que sofrem de stress porque cortam alimentos por causa de dietas, entre outras coisas. Acredito que as pessoas deviam amar mais os seus próprios corpos, não tentar mudar isso”.

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Mas, Anggie confirma que nem sempre foi assim. A mulher que hoje esbanja suas curvas e se orgulha disso, narra que durante sua adolescência teve alguns problemas com a aceitação do corpo. “Aos dezoito eu não tinha contato com a vaidade. Usava sempre calça jeans e camisetas largas, então não tinha tanto esse cuidado. Aos quinze anos fiz um curso de manicure e a partir daí comecei a investir em procedimentos de beleza em mim mesma”.

Assim como a bela morena no passado, muitas adolescentes hoje sofrem com os chamados transtornos alimentares (anorexia, bulimia, compulsão alimentar), movidas pela insatisfação com o próprio corpo. Esses problemas acabam refletindo-se na autoestima das jovens, que precisam passar a lidar também com sua autoestima baixa.

Há uma quantidade de possibilidades quando o assunto é corpo. O mercado está se abrindo para outras medidas, e isso está refletindo positivamente na forma como a mulher vem aceitando seu próprio padrão corporal. O resultado é um número cada vez maior de mulheres satisfeitas com suas medidas, se amando e aceitando independente dos comentários.

“Se você olha no espelho e gosta daquela roupa, use! Porque não usar? Eu penso que a mulher deve se amar como ela é, se aceitar da maneira como acredita estar feliz”, encerra Anggie.

 

Texto: Mizellen Amaral
Fonte: Folha de Vilhena
Fotos: Divulgação

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