Durante sabatina dos indicados para presidente e diretores do Banco Central (Bacen), na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado (CAE), nesta terça-feira (26), o senador Marcos Rogério (RO) criticou as altas taxas de juros cobradas no Brasil, principalmente no que diz respeito aos cartões de crédito. Segundo o parlamentar, o que se cobra do brasileiro hoje é uma “verdadeira apropriação de bens”. “A taxa de juros que representa em algumas operações, especialmente no cartão de crédito, é um assalto ao cidadão. Cobram-se juros dos brasileiros como se fosse aprovação do próprio patrimônio do cidadão. É mais que usura, é crime”, destacou.
O parlamentar por Rondônia falou ainda sobre o modelo de democratização do Sistema Financeiro Nacional que, segundo ele, além de concentrado, é caro. “É mandamento constitucional: promover o desenvolvimento equilibrado do Brasil e servir os interesses da coletividade que a compõe. O modelo cumpre essa função constitucional?”, questionou. “Queremos um Brasil com mais empreendedores, mais emprego e renda, desenvolvimento, e menos economia de papel”, acrescentou.
A comissão sabatinou o economista Roberto de Oliveira Campos Neto, indicado pela Presidência da República para o cargo de presidente do Banco Central. Também analisou os nomes de Bruno Serra Fernandes e João Manoel Pinho de Mello, indicados para as diretorias de Política Monetária e de Organização do Sistema Financeiro do BC, respectivamente, e Flávia Martins Sant’anna Perlingeiro, indicada para o cargo de diretora da CVM (Comissão de Valores Mobiliários).
Com informações da Democratas no Senado
Foto: Sidney Lins Jr