Os agentes penitenciários de Vilhena realizaram na tarde dessa segunda-feira, 25, entre as Avenidas Major Amarante e Marques Henrique, um ‘panfletaço’ reivindicando os seus direitos ao Governo de Rondônia.
Com cartazes com frases criticando a intervenção militar nos presídios e o veto do governador Marcos Rocha no realinhamento salarial da categoria, os manifestantes entoavam nos panfletos as principais causas do protesto.
De acordo com o vice-presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários e Socioeducadores de Rondônia (Singeperon), Claudinei Costa Farias, em entrevista ao FOLHA no final de janeiro de 2019, no ano passado, foi feito um acordo entre o Governo de Rondônia e a classe de agentes penitenciários e socioeducadores para que o Estado realizasse um reajuste salarial, ação que não acontece há sete anos.
O porta voz da categoria ressaltou também que a grande demanda com falta de efetivos também é um dos principais motivos. Ele conta que segundo o Conselho Nacional de Políticas Criminais, é recomendável um agente penitenciário para cada cinco presos, contudo, em Vilhena a situação é diferente, já que o presídio Cone Sul tem quase 400 presos e só cinco efetivos por plantão.
O movimento da categoria já dura a mais de trinta dias e não tem previsão para terminar. Entretanto, o prazo judicial para o cumprimento do realinhamento salarial dos agentes penitenciários por parte do governo, é até o final deste mês.
Outra manifestação
No dia 11 deste mês, membros da categoria estiveram na cerimonia de abertura do ano letivo realizado na Escola Estadual Álvares de Azevedo, numa tentativa de entrar em contato com o governador Marcos Rocha. No entanto, o governador não marcou presença no local.
Em seu lugar discursou o Secretário Regional de Segurança do Governo, Milton Gomes Cordeiro, representando-o no evento. Durante o discurso, os agentes penitenciários vaiaram e usaram assovios para manifestar a sua insatisfação com o governo.
Texto: Repórter Abel Labajos Fotos: Mizellen Amaral/Divulgação Fonte: Folha de Vilhena