Depois de realizar trabalho de registro de várias denúncias sobre possíveis irregularidades nos conjuntos habitacionais da cidade, a Secretaria de Assistência Social (Semas), realiza desde a semana passada extensa fiscalização de maneira surpresa no bairro União e Alvorada. A intenção foi verificar a procedência das suspeitas que pairam sobre beneficiários do programa “Minha Casa, Minha Vida” e residem no local.
Na ação foram constatadas várias irregularidades, sendo as mais comuns naquelas onde o beneficiário cede a casa para terceiros, aluga ou vende, instala pontos comerciais dentro ou em frente à residência. No contrato feito pela Caixa Econômica, que também é entregue para o beneficiário, deixa claro que essas alterações de titularidade ou modificações para fins lucrativos no imóvel não são permitidas.
Conforme a equipe foi constatando casos de uso indevido da habitação, também procedeu no encaminhamento das informações para a Caixa tomar as providências jurídicas necessárias, o que pode significar que o morador deverá responder pela irregularidade. Uma das penalidades é a exclusão do beneficiário por 25 anos do programa “Minha Casa, Minha Vida”. Além disso, aqueles que venderam a casa podem perder os direitos sobre o imóvel e o comprador perde o dinheiro, visto que será obrigatório a devolução do bem.
A Semas continuará a fiscalização nos demais bairros e conjuntos habitacionais do programa na cidade, visitando casa por casa. O morador deve apresentar, obrigatoriamente, o contrato em seu nome. Caso não tenha ninguém na residência, as assistentes sociais deixarão uma notificação para que o beneficiado vá até a secretária apresentar os documentos.
“Vamos fazer uma varredura completa. Vilhena é referência no Estado em projetos habitacionais e a Caixa nos enxerga como modelo para os outros municípios. Temos assim, que primar pelo respeito às regras do programa, já que há muitas pessoas em necessidade que poderiam estar inscritas no projeto. A cidade é a primeira cidade, inclusive, que teve a iniciativa em fiscalizar de uma vez só tantos contratos”, ressaltou o secretário-adjunto da Assistência Social, Rafael Reis.
Fonte: Semcom