O que seria uma abertura de ano letivo normal para a Escola Estadual Álvares de Azevedo, durante a manhã desta segunda-feira (11 de fevereiro), tornou-se motivo de vaias e assobios por causa da manifestação feita pelos agentes penitenciários de Vilhena.
Os funcionários da categoria estiveram presentes durante a manhã, numa tentativa de conseguir contato com o atual Governador do Estado, Marcos Rocha. No entanto, para a surpresa de tantos, o Governador não marcou presença no local, como anunciava o convite divulgado amplamente na semana passada.
Em seu lugar discursou o Secretário Regional de Segurança do Governo, Milton Gomes Cordeiro, representando-o no evento. Durante todo o discurso que durou uma média de três minutos, os agentes penitenciários vaiaram e usaram assovios para manifestar sua insatisfação com a atual situação em que se encontram em relação às tentativas de acordo falhos feitos entre o Governo e a categoria.
O QUE DESEJA A CATEGORIA?
Os agentes penitenciários, em movimento padrão desde a primeira quinzena de janeiro, tentam a partir de então resolver os problemas que tem enfrentado dentro dos centros de aprisionamento.
Sem reajuste salarial há sete anos e com poucos funcionários no efetivo, a categoria alerta para os riscos que a situação pode trazer à segurança daqueles que trabalham dentro das cadeias. Embora tenham feito um acordo no ano de 2018 que autorizaria um reajuste salarial da categoria, a resolução não foi cumprida segundo a classe.
A ÚLTIMA TENTATIVA
Durante a última tentativa de acordo entre o Governo e os agentes penitenciários, a categoria revela que o Governador do Estado pediu tempo aos funcionários.
Ainda teria oferecido um auxílio de R$ 200,00 aos agentes, que recusaram a proposta. De acordo com Claudinei da Costa Faria, Vice-Presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários e Socioeducadores do Estado de Rondônia (SINJEPERON), a categoria tem o menor salário base do país, o que torna inviável aceitar apenas o auxílio.
ENQUANTO ISSO…
Até que a situação seja resolvida, a Polícia Militar está em processo de intervenção militar nos presídios, visando garantir que os locais continuem funcionando da melhor forma possível com o pouco efetivo presente.
Texto: Redação FV
Fonte: Folha de Vilhena
Fotos: Mizellen Amaral/Folha de Vilhena