Um menino, de 2 anos, morreu após se afogar em uma represa de Espigão d’Oeste (RO), município a pouco mais de 540 quilômetros de Porto Velho. O acidente aconteceu no último fim de semana.
Segundo o boletim de ocorrência, o pai da criança procurou a polícia após ser informado de que seu filho, que estava sob os cuidados de uma babá, veio a falecer. O homem disse ainda que tinha se ausentado de perto da vítima e que o menino também estava acompanhado de uma terceira pessoa.
Diante do acidente, uma equipe do Corpo de Bombeiros local foi chamada para os trabalhos de primeiros socorros. Em seguida, uma guarnição da Polícia Militar (PM) seguiu até a região onde o caso aconteceu para intimar as testemunhas.
No momento em que a PM falava com as testemunhas, os bombeiros avistaram o corpo do bebê boiando na água. Após o resgate, o corpo da criança foi encaminhado para os procedimentos funerários. A Polícia Civil segue investigando o caso.
Primeiros casos noticiados
Esse é o terceiro caso de morte por afogamento noticiado pelo G1 até o momento desde o início de 2019. O primeiro deles aconteceu sete dias depois da virada de ano.
Na ocasião, um menino, de 6 anos, morreu afogado dentro da piscina de um clube durante a confraternização de uma creche. O acidente aconteceu em Ji-Paraná (RO), município a pouco mais de 370 quilômetros da capital rondoniense. A criança foi identificada como Fernando Almeida dos Santos.
Conforme o Corpo de Bombeiros local, o menino chegou a ser socorrido por uma equipe da corporação, após o afogamento, mas não resistiu. O G1 entrou em contato na época com Rone Almeida, de 35 anos, pai de Fernando. Segundo ele, a criança estava acompanhada do irmão, de 3 anos, e da mãe, quando tudo aconteceu.
Rone conta que a família tinha chegado ao local e a mãe teria ido até o banheiro para trocar de roupas. Nesse momento, Fernando teria pulado na piscina, que tem cerca de um metro de profundidade, e se afogado.
O Corpo de Bombeiros de Ji-Paraná disse que a equipe foi acionada por volta das 12h e que, quando chegou ao local, Fernando já não apresentava sinais vitais.
O segundo caso ocorreu sete dias depois. Um jovem, de 16 anos, desapareceu nas águas do Rio Machado, região banha Cacoal (RO), município a 480 quilômetros de Porto Velho. O rapaz sumiu após a lancha em que ele estava com a família virar. No dia seguinte ao acidente, o nível do Machado alcançou a marca dos 11,13 metros devido ao elevado volume de chuvas.
Após o trabalho de buscas por parte dos bombeiros, o corpo da vítima foi encontrado próximo de Presidente Médici (RO), distante cerca de 60 quilômetros de Cacoal. Ainda conforme os bombeiros, o rapaz teria sido encontrado sem vida por um pescador. A família reconheceu o corpo do menino e o resgate durou pelo menos três dias.
O G1 tentou contato com o Corpo de Bombeiros para saber dados atualizados dos primeiros 28 dias de 2019 sobre mortes causadas por afogamento. Porém, até o fechamento desta publicação, um representante da corporação não atendeu ou retornou as ligações.
Levantamento
No fim do ano passado, o G1 levantou números sobre o caso dos últimos anos. O estudo mostrou que, em 11 meses de 2018, 63 mortes por afogamento foram registradas. O número de ocorrências ultrapassou o balanço do ano anterior, que fechou 2017 com 55 registros, representando aumento de 14,5%.
O levantamento também apontou dados da Secretaria de Segurança, Defesa e Cidadania do Estado de Rondônia (Sesdec), onde mostram que mais de 600 pessoas se afogaram entre janeiro de 2007 e outubro de 2018.
O ano de 2011 foi o período com maior incidência, segundo a Sesdec: cerca de 80 acidentes dessa natureza foram registrados.
Fonte: G1/RO