O titular da Delegacia de Homicídios da cidade, Núbio Lopes, apresentou nesta terça-feira (22), a conclusão do inquérito que investigava um homicídio que ocorreu no dia 25 de dezembro de 2018, em uma fazenda localizada há 70 quilômetros de Vilhena.
De acordo com o delegado, o funcionário Jumar de Paulo Vieira, 46 anos, foi assassinado com dois tiros de arma fogo pelo seu gerente Carlos André Vieira Zimermann, 32 anos. O corpo da vítima foi encontrado dentro de um rio.
Após ser registrada uma ocorrência de desaparecimento de Jumar no dia 2 de janeiro, a equipe da Polícia Civil começou a investigar o caso pelos arredores da propriedade em que a vítima foi vista pela última vez. Testemunhas disseram que suspeitavam que Jumar havia sido morto por “Carlos”. O suspeito que foi interrogado, negou a autoria.
Entretanto, durante as investigações, a Polícia Civil descobriu que no último dia em que Jumar foi visto, ele estava na companhia do suspeito e de outra testemunha voltando para a fazenda em que trabalhavam, após passarem o dia de Natal em um bar.
A Polícia Civil encontrou a testemunha que estava com o suspeito e a vítima. Assustado, ele contou que o dono da fazenda havia autorizado o gerente Carlos André a contratar novas pessoas para trabalharem em suas terras. O novo contratado foi Jumar.
Segundo a testemunha, os três estavam reunidos quando Carlos pegou uma arma e disse que só havia contratado Jumar porque queria mata-lo. O gerente ainda mandou que a vítima caminhasse até a beira do rio, porque não queria carregar o seu corpo.
Conforme a testemunha, com medo de ser morta, ela saiu correndo do local e durante a fuga ouviu dois disparos. Entretanto, como a fazenda ficava há 70 km de Vilhena, ele decidiu voltar e indagou ao gerente se iria mata-lo, ele disse que não. A testemunha disse ainda que ficou na fazenda por mais alguns dias e após o trator estragar e levar à Vilhena para consertar, nunca mais voltou para a propriedade rural.
Diante das informações, no dia 7 de janeiro, foi solicitada uma busca pelo corpo de Jumar no Rio Iquê, águas que corta a fazenda. No local foi localizado o cadáver da vítima já em estado muito avançado de decomposição.
Após encontrar o corpo, familiares fizeram o reconhecimento e confirmaram que se tratava de Jumar. A perícia analisou o cadáver e constatou que realmente a vítima havia sido morta por dois disparos de arma de fogo.
Depois que os investigadores da Polícia Civil levantaram todas as evidências possíveis, Carlos confessou o crime e indicou o local onde estava a arma usada no assassinato.
Carlos André que está preso foi indiciado por homicídio duplamente qualificado, pelo meio cruel e pela dissimulação, além da ocultação de cadáver.
TEXTO: Redação FV Foto: Folha de Vilhena Fonte: Folha de Vilhena