A Associação Comercial e Empresarial de Vilhena (ACIV) e mais 15 entidades da classe de trabalhadores e empresariais de Rondônia se manifestaram contra o reajuste de 25,34% da tarifa de energia elétrica autorizada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) na terça-feira (11).
De acordo com as entidades e instituições que mais geram empregos e tributos ao estado de Rondônia, o aumento da tarifa que entrou em vigor nesta quinta-feira (13) foi totalmente abusivo e gerador de impacto negativo sobre a economia.
Em nota, a ACIV disse que esse aumento sobrecarregará drasticamente o orçamento das famílias e os custos do setor produtivo, principalmente dos pequenos negócios. O órgão vilhenense considera completamente descabido a decisão que terá efeito sobre os custos daqueles que empreendem.
Já outras 15 entidades afirmaram que o aumento nesse patamar é uma vergonha e supera todos os principais índices que regulam a economia, considerando como referência, por exemplo, o da inflação, que deve fechar o ano de 2018 em torno de 4,5%.
Quem também se manifestou contra o aumento, foram os parlamentares estaduais e federais que representam a população dentro e fora do estado de Rondônia.
CONFIRA A NOTA DE REPUDIO DA ACIV E DAS OUTRAS ENTIDADES
ACIV
OUTRAS 15 ENTIDADES
Os setores do Comércio, Indústria, Serviços e Turismo, por intermédio da Câmara de Dirigentes Lojistas de Porto Velho – CDL -, o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas – Sebrae/RO, a Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas de Rondônia – FCDL -a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Rondônia – Fecomércio/RO -, a Federação das Associações Comerciais e Empresariais de Rondônia – FACER; a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes – Abrasel/RO, a Associação Comercial de Porto Velho – ACEP, a Associação Comercial de Rondônia – ACR –, a Organização das Cooperativas Brasileiras – OCB/RO -, o Sindicato das Micro e Pequenas Indústrias de Rondônia – SIMPI-,– , o Sindicato das Empresas de Segurança Privada de Rondônia – Sindesp–, o Sindicato do Comércio Atacadista de Rondônia – Singaro -, o Sindicato dos Lojistas de Rondônia – Sindilojas-, o Sindicato dos Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Rondônia – Sindhotel-, o Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino de Rondônia – Sinepe/RO, assim como a Câmara Municipal de Vereadores de Porto Velho repudiam veementemente o reajuste de 25,34% da tarifa de energia elétrica autorizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) em 11/12/18 e que entra em vigor a partir desta quinta-feira (13.12.18), em todo o Estado de Rondônia.
Essas entidades e instituições que representam uma fatia significativa do setor produtivo de Rondônia, portanto, a que mais emprega e gera empregos e tributos ao Estado, consideram o aumento da tarifa abusivo e gerador de impacto negativo sobre a nossa economia, haja vista os desdobramentos deste reajuste nos custos operacionais das empresas, bem como no orçamento doméstico dos cidadãos como um todo.
O aumento nesse patamar é uma vergonha e supera todos os principais índices que regulam a economia, considerando como referência, por exemplo, o da inflação, que deve fechar o ano de 2018 em torno de 4,5%.
Esse reajuste, logo após a privatização da Ceron para o grupo Energisa, é um indicativo preocupante, por sinalizar que os interesses privados e de alta lucratividade da concessionária de energia elétrica passam a sobrepor os limites do bom senso e os critérios de bem-estar e equilíbrio econômico e social da sociedade e do Estado.
As entidades e instituições ao reafirmarem o seu compromisso de trabalharem incansavelmente para que os direitos do setor produtivo e dos cidadãos rondonienses sejam resguardados, cobra das autoridades competentes e do grupo concessionário Energisa um reposicionamento referente ao aumento tarifário proposto, a fim de se fazer justiça ao povo rondoniense que hoje – apesar do uso do potencial hidrelétrico do Rio Madeira, via instalação das duas usinas hidrelétricas que produzem energia para o Sul e Sudeste do Brasil – tem, ironicamente, como contrapartida, continuar pagando uma das tarifas de energia elétrica mais caras do País.
Texto: Repórter Abel Labajos
Fonte: Folha de Vilhena