Na última quarta-feira dezenas de pioneiros da cidade atenderam o chamado da Fundação Cultural de Vilhena (FCV) para iniciar projeto de resgate da memória local através da reunião de fotos, documentos e histórias da formação da cidade. Em uma reunião no memorial de 41 anos montado pela FCV na Biblioteca Municipal Monteiro Lobato, os participantes conversaram sobre organizar um catálogo central de memórias locais, digitalizar o material disponível e oferecê-lo gratuitamente online.
Em uma roda de conversa que relembrou momentos históricos da cidade, os pioneiros trouxeram à tona lembranças marcantes sobre a cidade, sua relação com o município e dados que podem ajudar a contar em detalhes a trajetória do crescimento de Vilhena.
“A Fundação está à disposição para buscar e receber fotografias, documentos e qualquer relato que ajude a resgatar a memória da cidade. Temos muitos acervos pessoais espalhados, nossa intenção é facilitar a busca por material histórico na cidade colocando tudo isso em um ponto central, público e gratuito”, explica a cantora Kátia Valléria, presidente da FCV.
Estiveram no evento personagens importantes das memórias da cidade como integrantes da família Zonoecê, Ana Neri, Vitório Abrão, entre outros vilhenenses que estão na cidade mesmo antes de o município ter luz, água ou prédios de alvenaria.
“Nos anos 80 fizemos um resgate de muito material através de gincanas, mas infelizmente, logo depois, tudo foi perdido. Queimaram as nossas memórias. É vital que façamos um trabalho de registro de nossa história e também do nosso bioma”, contou Ana Neri, ex-secretária de Cultura de Vilhena.
Membro benemérito da Academia Vilhenense de Letras (AVL), o jornalista e fotógrafo Herbert Weil também participou do evento e se dispôs a ajudar na criação do acervo virtual. “Estou conversando com vários agentes culturais da cidade que demonstraram apoio à ideia de digitalizarmos todas as fotos e documentos que pudermos encontrar para disponibilizá-las em um site, que se tornará uma espécie de Museu da Imagem Vilhenense. Nossa história precisa ser preservada antes que o tempo desgaste os papéis, as lembranças ou os acervos”, contou.
Também estiveram presentes o chefe de gabinete, jornalista, músico e também membro da AVL Jovino Lobaz, o professor e agente cultural Jeferson Batista e membros da comunidade. Um vídeo com centenas de fotos antigas foi exibido e comentado pelos presentes.
A Fundação Cultural de Vilhena se colocou à disposição para receber todos que desejarem digitalizar seu acervo histórico. A FCV está aberta das 7h às 13h, de segunda à sexta-feira, na esquina da Avenida Tancredo Neves com a avenida Presidente Nasser.
Texto, Fonte e Fotos: SEMCOM