O grupo Energisa assumiu oficialmente, na terça-feira (30), a distribuição de energia da Eletrobras Rondônia (extinta Ceron). Com a mudança na gestão, 633 mil consumidores dos 52 municípios do estado passam a ser atendidos pela Energisa.
A Eletrobras Rondônia foi arrematada pela Energisa no mês de agosto, após decisão do Governo Federal em privatizar seis distribuidoras de energia no Brasil.
Duas empresas participaram do leilão, na época, mas a Energisa foi quem comprou a distribuição de energia do estado, depois de um aporte imediato de R$ 253,8 milhões. No leilão, a holding controlada pela Botelho prometeu redução de 1,75% nas tarifas.
Conforme o grupo Energisa, os “aportes incluem a expansão do sistema de distribuição para as regiões atendidas pelo sistema isolado, ampliação e modernização dos sistemas, a construção de novas subestações”.
Para o ano de 2019, a Energisa prevê um investimento de cerca de R$ 470 milhões no estado. O objetivo é melhorar a qualidade dos serviços e atendimento aos consumidores, além da expansão do sistema elétrico.
Ainda conforme a companhia, também serão adiantados recursos de até R$1,2 bilhão para pagamento de dívidas com fornecedores.
Combate aos furtos
Outro objetivo da Energisa no estado é combater os furtos de energia. Segundo a empresa, atualmente 28,3% da energia é perdida pela distribuidora no estado. Isto ocorre, segundo o grupo, “durante a passagem da energia pela rede elétrica até chegar à casa do cliente”.
Com esse furto de energia, a empresa diz que o estado perde milhões em arrecadação e quem paga esta conta é o consumidor.
A Energisa afirma que a Ceron estava entre as “empresas com maior índice de perdas elétricas do país”.
História
O grupo Energisa tem 113 anos no Brasil. Além da Ceron, em agosto o grupo arrematou a Companhia de Eletricidade do Acre (AC). No estado vizinho o aporte foi de R$ 238,8 milhões, com redução na tarifa em 3,27%.
Uma das maiores empresa de energia do Brasil, a Energisa controla agora dez distribuidoras em Minas Gerais, Paraíba, Rio de Janeiro, Sergipe, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins, São Paulo e Paraná. O Acre ainda não foi assumido pelo grupo.
Fonte: G1/RO