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Diságua: Comandante do Corpo de Bombeiros presta informações oficiais sobre incêndio


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Rumores de que não houve, ou faltou, água para suprir o combate às chamas é desmentido pelo Comandante do Batalhão

O incêndio que assolou o prédio da loja de Materiais para Construção, Diságua, na madrugada desta terça-feira (30) de outubro foi a segunda maior tragédia envolvendo fogo em construções vilhenenses.

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Segundo o Comandante do Corpo de Bombeiros de Vilhena, Merycles Guedes, o incêndio poderia ter sido ainda pior se não fosse a agilidade da guarnição em atender ao chamado. “Talvez se não tivéssemos agido tão rápido como nós agimos, o incêndio poderia ter se tornado ainda maior do que o do Park Shopping devido aos comércios que há dos lados e pelas famílias que moram sobre o estabelecimento”, ele explicou.

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O chamado de socorro aconteceu por volta das 5h32min e, devido ao fato de que uma guarnição já estava na região do Hospital Regional prestando apoio a uma Unidade de Resgate, se deslocou rapidamente até o prédio incendiado realizando o trabalho no corte da energia e da retirada dos moradores que estavam nos apartamentos sobre a loja.

O INCÊNDIO

Foram ao todo 28 bombeiros atendendo a ocorrência (contando com o plano de chamada), no auxílio a contenção das chamas. 3 bombeiros da aeronáutica prestaram apoio, bem como a Polícia Militar, que trabalhou na área de isolamento. Além disso, oito equipamentos que auxiliaram na questão respiratória dos presentes também foram usados.

“Analiso o trabalho da cooperação [independentemente de ter pessoas lá e ainda bem que tinha, poderia ter sido de uma proporção muito maior caso o pedido de socorro demorasse], mas com o trabalho da corporação e, principalmente da guarnição de serviço que já estava na rua, tudo favoreceu para que o atendimento acontecesse de forma mais rápida, então vejo com bons olhos a atuação dos bombeiros, até pelo próprio relato dos proprietários lá”, informou o Comandante.

Aproximadamente foram usados 65 mil litros de água para combater as chamas, com quatro caminhões auxiliando. O apoio da população e de empresas como a Diságua, Prefeitura, SAAE, DER, Aeroporto, Jota Batista, Posto Catarinense, etc. que ofereceram ajuda com abastecimento de água também foram de extrema importância.

Com quatro frentes trabalhando na contenção do fogo, as chamas foram vencidas por volta das 7h40min, momento em que os bombeiros começaram o trabalho de rescaldo (onde as equipes verificam e combatem a possibilidade de novo incêndio se propagar por causa de pequenos focos acessos).

O RESGATE

Durante o incêndio, a maioria dos apartamentos foi evacuada pelos bombeiros, restando apenas dois habitados com famílias – nos quais, um continha uma criança de aproximadamente três anos.

“Havia uma criança que foi retirada do terceiro andar [salvo engano] com o auxílio de uma corda, com apoio do pessoal da área Civil. Dessa forma, conseguimos retirar os supostos pais e mais três pessoas que estavam no apartamento ao lado”, informou Guedes.

EXTINTORES E HIDRANTES

Logo nos momentos iniciais em que o incêndio foi combatido pelo Corpo de Bombeiros, esses usaram dos extintores que estavam no local e pertenciam à Diságua, porém com o aumento das chamas o caminhão de água foi solicitado, bem como o apoio do hidrante que fica no interior do estabelecimento.

Já há uma regulamentação para que, em áreas assim, os hidrantes se localizem fora dos imóveis a fim de possibilitar o fácil acesso ao objeto. Porém, conforme explicou o Tenente Bueno: “se faz necessária hoje a implementação desse sistema na nossa cidade. O problema é que a cidade ainda não está preparada para a tubulação específica que ainda não temos”.

Verbas destinadas à regularização da cidade e a implementação dos hidrantes está sendo estudada atualmente, para possibilitar que essa regulamentação seja aplicada. Da mesma forma, os extintores precisam de uma pessoa qualificada para poder lidar com a situação e usar o apoio.

“Às vezes eu tenho um extintor, mas não tenho uma pessoa treinada para saber lidar e utilizar o extintor, por isso é necessário que haja um treinamento”, informou o Tenente, apontando órgãos como o próprio Corpo de Bombeiros e empresas capacitadas para ofertar esse tipo de treinamento aos funcionários das empresas interessadas.

CUIDADOS POSTERIORES

Após o combate às chamas, engenheiros foram chamados para avaliar a estrutura do local e decidir se o prédio poderia ser liberado ou deveria sofrer interdição. O engenheiro Luís Otávio, responsável pela parte visual e como uma segunda opinião, esteve na coletiva prestando suas informações.

“Fizemos uma primeira vistoria [quem está estruturando o projeto que dirá as condições do prédio é o engenheiro Leandro]. Nós fomos lá logo após para verificar quais são os riscos, a princípio pelo que verificamos não há situação de risco, visualmente falando, diferente do que um laudo mais aprofundado poderia apontar”, revelou Luiz.

De acordo com o engenheiro houve uma parte pequena de destruição, perto de 20%, e o restante se caracterizaria mais como fuligem, alguns suvenires de plástico que derreteram e a parte do forro que, apesar ser anti-chamas, com o calor derreteu e caiu. Ainda segundo Luiz, o fogo pode ter se principiado na parte esquerda da loja, próximo a algumas latas de tintas pressurizadas (motivo, provável, da explosão mencionada em alguns relatos).

O Comandante do Batalhão, Merycles Guedes, ainda agradeceu à população pelo apoio prestado enquanto a guarnição atendia o caso do incêndio da Diságua, afirmando “gostaríamos de agradecer a própria população por ser compreensiva, por entender que existia outro local que estava precisando de uma atenção maior nossa e estar ligando perguntando se precisávamos de ajuda; aos empresários que com toda a iniciativa mandaram seus caminhões para ajudar no combate ao fogo, enfim a todos que nos auxiliaram”.

 

 

Texto: Mizellen Amaral
Fotos: Mizellen Amaral
Fonte: Folha de Vilhena
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