O ato cruel cometido contra um animalzinho de rua foi relatado a essa redação pela família que prestava cuidados ao pequeno morador da Rua 1513, no bairro Cristo Rei, assassinado na madrugada desta segunda-feira (01) de outubro.
Segundo o depoimento dado, a família que tomou para si a responsabilidade de zelar pelo animal, encontrou Bob morto com inúmeras facadas na altura do peito e do pescoço, em frente a um portão da vizinhança. Nos arredores ninguém tem notícias de quem poderia ter cometido o crime contra o animal.
Viviane Carla Santos de Oliveira (24 anos) é uma das integrantes da família que cuidava do cãozinho batizado carinhosamente como Bob pelos moradores, e foi a responsável por relatar o crime. “Foi horrível, nunca esperávamos que uma coisa dessas poderia acontecer”, narrou Viviane.
Sua mãe, Sirlei Aparecida dos Santos Oliveira (50 anos), também se mostrou muito abalada com o acontecimento. “Ele era um doce de cachorrinho, eu comecei a cuidar dele mesmo que ele [Bob] continuasse na rua, porque nós temos mais cinco cachorrinhos aqui em casa, então é difícil”, ela alegou, contando que chegou a comprar uma casinha para proteger o animal das chuvas e do frio que vem se tornando frequentes na cidade.
A família relata que a um longo tempo Bob morava na rua, e que após algumas semanas eles começaram a alimentar e zelar pelo bem-estar do animal. Muito chocadas e sensibilizadas pela crueldade cometida contra o pequeno morador da rua, os membros da família pedem para que se alguém souber alguma informação sobre o indivíduo que matou Bob, relate à polícia.
CRIME DE MAUS TRATOS
O crime de maus tratos aos animais é punível de acordo com a Lei Federal 9.605/98, que dispõe as seguintes penalidades: 3 meses a 1 ano de prisão e multa, que pode ser aumentada de 1/3 a 1/6 se o animal mau tratado vier à óbito. Os crimes podem ser denunciados na Delegacia de Polícia, através de um boletim de ocorrências.
“Nós gostaríamos que as pessoas se conscientizassem. Mesmo eles estando na rua, é importante que nós tenhamos cuidado e respeito, fazer o que podemos por eles, porque esses animaizinhos também sentem frio, fome e dor”, finalizou Sirlei, fazendo um apelo à população.
Texto: Mizellen Amaral
Fonte: Folha de Vilhena
Foto: Ilustrativa/Portal Cães e Gatos