Os dois casos envolvendo um adolescente menor de idade à época foram elucidados através de uma investigação da Polícia Civil de Vilhena nessas primeiras semanas de setembro de 2018, no dia 06 e dia 20 respectivamente.
As tentativas de homicídio direcionadas a um adolescente, muito conhecido por inúmeros delitos cometidos durante sua vida, aconteceram durante os meses de outubro e novembro de 2014, onde nos dois casos os principais suspeitos (também menor de idade) eram a mesma pessoa.
De acordo com a narrativa do Delegado da Polícia, Núbio Lopes, que concedeu uma coletiva sobre o caso, a primeira tentativa de matar a vítima aconteceu durante o dia 14 de outubro de 2014, enquanto ela pedalava. Conforme os relatos, a vítima teria percebido a aproximação de dois ciclistas e sentiu um golpe no peito.
Inicialmente a vítima pensou ter se tratado de um soco, mas depois percebeu que estava sangrando e notou que aquilo havia se tratado de um golpe de faca. Mesmo ferida, a vítima não caiu, o que assustou os agressores. Foi tempo suficiente para que o menor pedalasse fugindo do local, sendo perseguido pelo outro menor que tentava mata-lo na companhia de um maior de idade posteriormente identificado como Weverton Henrique da Silva Pereira – popularmente conhecido como “Bolacha”.
“A vítima se refugiou dentro de uma igreja nos arredores do bairro Orleans, onde foi socorrida por uma testemunha que estava fazendo reparos no telhado do templo”, contou o Delegado, dizendo que a testemunha impediu que os agressores entrassem no lugar e terminassem o serviço. Enquanto isso, do lado de fora, várias pessoas pertencentes ao grupo começaram a incitar a execução da vítima.
Um dos participantes no crime de incitação, previsto por lei, foi identificado como sendo William Lopes Pereira. Outros integrantes não foram identificados também, e dado a passagem de tempo – e a aplicação de pena, que chegaria a pena de apenas um ano – o processo contra William foi prescrito pela polícia. Da mesma forma, o agente identificado como “Bolacha” também não foi indiciado pelo fato de que foi assassinado no dia 10 de maio desse ano, o que torna impossível aplicar pena.
A segunda tentativa de assassinado à mesma vítima teve como agente principal o mesmo menor que desferiu a facada, porém no dia 11 de novembro – quase um mês depois – ele tentou dar cabo à sua tarefa de outra maneira. Após saber que sua vítima estava em uma determinada moradia do Residencial Alvorada, o menor de idade convidou um homem vagamente identificado como “Douglas”, para leva-lo de carro até o endereço onde a vítima se encontrava.
“Os donos da casa entraram no momento em que o adolescente e Douglas passaram na frente da casa”, contou Núbio. Porém na companhia da vítima estava Carlos de Souza que, durante a tentativa de assassinato por parte do menor, foi atingido gravemente na perna, enquanto a vítima escapou ilesa.
O individuo identificado apenas como “Douglas” ainda não foi descoberto, e a polícia aguardará mais novidades sobre tal personagem.
O menor de idade que desferiu a facada e tentou mata-la a tiros também não foi indiciado por ter cometido o crime à época em que ainda era menor. Atualmente se encontra em maioridade, portanto não pode ser indiciado pelo crime de 2014.
Texto: Mizellen Amaral
Fonte: Folha de Vilhena
Foto: Folha de Vilhena