Vereador que não exerce mandato desde 01/01/2017 recebe normalmente proventos de mais de dez mil reais
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que está investigando o vereador Célio Batista desde o ano de 2017, aprovou em sessão ordinária ontem (terça-feira, 11/09) a prorrogação da decisão final da Casa a respeito do processo por mais quinze dias. De acordo com a justificativa apresentada, muitas provas e testemunhos estão envolvidos no caso, e precisam passar por uma análise rigorosa.
O caso – que já se arrasta desde setembro de 2017 – sofreu várias reviravoltas e prorrogações graças a muitos motivos, como a troca de Presidente da Casa dos Vereadores. Com prazos definidos e redefinidos a partir de então, o Vereador Célio não exerce sua função legislativa no município desde que foi empossado, mesmo recebendo mensalmente o salário de um vereador ativo.
Investigado pela prática de improbidade administrativa (ao contratar empresa de um parente para prestar serviços ao SAAE, configurando crime de nepotismo por parentesco entre o sócio da empresa e Célio), e também por seu possível envolvimento com a organização criminosa responsável pelo esquema de fraudes cometidas na operação que foi denominada à época de sua divulgação “Operação Habitus”, da Polícia Civil, o vereador terá mais quinze dias para provar sua inocência diante dos colegas.
INDIGNAÇÃO
Ainda ontem, após a aprovação da prorrogação do período de análise do julgamento de Célio, alguns colegas da Casa de Vereadores usaram as redes sociais para expor sua indignação com o fato.
Esse foi o caso, por exemplo, da Vereadora que assumiu o cargo ontem, Neide Ikino, que em uma rede social se mostrou indignada com a forma como o processo está correndo. Segundo a nova legisladora, essa decisão é um ‘desrespeito’ com os moradores vilhenenses, alegando que há uma “embromação” para julgar o caso por parte da Casa.
De fato, o processo já se arrasta por 1 ano e 4 meses, enquanto Célio Batista continua a usufruir os benefícios provindos aos legisladores que estão ativos na Câmara, mesmo estando afastado de seu cargo.
Após os quinze dias solicitados pela CPI que apura o caso, a expectativa é de que a decisão seja tomada e o caso encerrado ainda nesse mês de setembro ou início de outubro.
Texto: Redação FV
Fonte: Folha de Vilhena
Foto: Divulgação