Está em fase de licenciamento a atividade de falcoaria na cidade. O objetivo é permitir que empresas explorem o setor para exercer o controle de pragas através do treinamento de aves de rapina. É a primeira vez que a técnica deverá ser empregada em Rondônia.
O biólogo José Thiago, que trabalha na criação e treinamento das aves para a caça, explica que essa arte de treinar serve para um bem comum. “Quando algum local estiver com problemas com animais que pertencem à fauna sinantrópica nociva, ou seja, que podem transmitir doenças, agimos com as aves de rapina para capturá-los. Essas espécies podem transmitir mais de 50 doenças para os humanos, como a grave meningite fúngica. Os pombos são os mais comuns nesse assunto. Dessa forma, os falcões treinados poderão auxiliar na captura e diminuição desses animais”, explica.
Em reunião com a secretária de Meio Ambiente, Marcela Almeida, a empresa de Thiago solicitou a primeira licença onde a empresa mostrou seu trabalho e iniciou o processo de licenciamento ambiental da atividade. Os pontos principais para essa ação serão as escolas e o hospital, onde há maior fluxo de pessoas e risco de contaminação.
COMO FUNCIONA – As aves de rapina passam por treinamento de especialistas antes de entrarem em ação. A preparação da ave envolve ensinar ao animal atacar alvos iluminados por lanternas dos instrutores. Após o treinamento ser completado, a ave tem capacidade de dar mergulhos verticais para caçar pombos sem matá-los.
Capturados, os pombos são levados para análise com um profissional, que sugere ou não a eutanásia, uma forma de proporcionar morte sem sofrimento.
Fonte: Semcom