O prefeito Eduardo Japonês garantiu apoio na reativação da fábrica de bolas para que menores infratores da Casa da Cidadania ocupem seu tempo contribuindo para a sociedade. Em reunião com o vereador Samir Ali, defensor da iniciativa, ficou definido que os passos necessários para o projeto voltar a funcionar serão tomados.
A secretária de Assistência Social, Patrícia da Glória, ficou feliz com a oportunidade que os cerca de 17 menores infratores da centro socioeducativo terão em ocupar seu tempo com algo útil. “Ter uma atividade é importante para esses jovens, que poderão desenvolver mais responsabilidade e compromisso com as coisas. Eles têm idades entre 13 e 18 anos e podem aprender já uma nova profissão, além de gerar renda para si mesmos”, analisa.
Por sua vez, lidando com um grande déficit na disponibilidade de bolas e redes esportivas nas escolas municipais de Vilhena, a Secretaria de Esportes comemorou a ação, já que a fábrica atenderá a demanda local. “Há muitos projetos sociais, escolinhas, unidades de ensino e associações que precisam de bolas na cidade. Como a produção resultará em produtos bons e baratos, será um incentivo ótimo para o esporte”, revela Silmar de Freitas, secretário de Esporte.
O prefeito Eduardo Japonês analisou os pontos positivos do projeto, na presença do diretor da unidade socioeducativa de Vilhena, Geneci Rodrigues Coelho. “Pagamos atualmente R$ 150 numa bola, mas o custo para produzir uma bola na nossa fábrica é de apenas R$ 18. Então podemos economizar bastante e, ao mesmo tempo, atender a Semec e a Semed com redes e bolas de todo tipo. A estimativa é que sejam produzidas, pelo menos, 160 bolas por mês, se todos participarem. Será ótimo”, conta.
O QUE FALTA? – Será necessário comprar peças que estão faltando na fábrica, subutilizada nos últimos anos. Além disso, não há material, que deverá ser comprado de outros estados. Linhas de qualidade e lâminas de corte novas para a máquina também precisam ser adquiridas.
LUTA PESSOAL – Samir encampou uma verdadeira peregrinação de reuniões e encontros com diversos profissionais, secretários e prefeitos até o momento para buscar ajuda na ativação do projeto. “É preciso vontade da administração para que esse projeto vá para frente. Com o aval do Japonês, sei que poderemos realmente ter esperança nisso. A economia para o município é grande e a função social da fábrica dá muito retorno para a cidade e para os detentos, que aprendem uma profissão. Todo mundo ganha”, resume o vereador.
HISTÓRIA – A produção de bolas e redes por detentos na cidade não é novidade. Uma fábrica funcionava já em 2013 no Centro de Ressocialização Cone Sul, onde 50 presos participavam de parte do processo de produção de bolas e redes para reduzir suas penas.
Também aplicado no Centro da Juventude, em 2016 o projeto já estava abandonado em ambos, por falta de material e instrutores, segundo a secretaria de assistência social da época. Em agosto de 2017 o trabalho recomeçou no Centro de Ressocialização, mas os jovens apenados da Casa da Cidadania e do Centro da Juventude não puderam aproveitar novamente o projeto até o momento.
Em julho e agosto de 2017, bem como em maio, julho e agosto de 2018, Samir fez reuniões com gestores, secretários e donos de empresas para que o projeto volte a funcionar. Em Porto Velho, o sucesso de uma iniciativa semelhante chamou a atenção até mesmo de uma emissora de TV alemã que fez reportagem no local recentemente.
AGORA VAI – A nova tentativa pode gerar efeitos imediatos, já que a Prefeitura, através do apoio das Secretarias de Assistência Social e de Esportes, ajudarão na reativação da fábrica.
Fonte: Semcom