A sessão começou às 09h e terminou às 14h15min
Valdeir Alvisi de Araújo, acusado de matar Devanildo da Silva com tiros de arma de fogo no dia 30 de novembro de 2016 em frente a uma casa no setor 19, foi condenado nesta segunda-feira (14), no Fórum Desembargador Leal Fagundes, em Vilhena.
Segundo consta no processo, Valdeir de 38 anos, foi denunciado pelo Ministério Público por ter praticado o crime juntamente com uma terceira pessoa que por motivo torpe (ato que impede a vítima de se defender), atirou em Devanildo da Silva, atingindo-o nas costas, glúteos e braços.
Quando interrogado, em Juízo, Valdeir Alvisi de Araújo negou a autoria do crime e informou que a arma usada no dia do fato, foi apreendida na casa de um amigo, que teria assumido a propriedade do objeto em outro processo, onde ambos estão sendo acusados por um roubo. Ele disse também, que embora tenha o apelido de “Nego” e que testemunhas tenham atribuído o crime à pessoa assim nominada, poderiam estar se referindo a outros que tem o mesmo apelido.
Para reforçar sua tese, o réu levou à Juízo, sua mãe e irmã, que afirmaram que na noite do crime, Valdeir não saiu de casa, mas entraram em contradição, quando a mãe dele disse que ele chegou em casa às 16 horas, enquanto que a irmã disse que ele passou o dia e a noite na residência.
Em depoimento, um policial afirmou que atendeu à ocorrência do homicídio e, no local, testemunhas atribuíram o crime a alguém de apelido “Nego” que estava de carona em uma motocicleta.
Já outro policial, contou que prendeu Valdeir em uma tentativa de roubo em que dois indivíduos estavam em uma motocicleta e efetuaram disparo de arma de fogo. Ele disse também, que fizeram um cerco na casa em que os suspeitos estavam e prenderam no local, o réu que estava com uma arma de fogo na cintura.
A arma de fogo foi apreendida e, depois de realizado exame de balística dos projéteis retirados do corpo da vítima, o perito chegou à conclusão que foram disparados pela mesma arma.
Na sessão do Tribunal do Júri realizada nesta segunda-feira (06), o Ministério Público requereu a condenação do acusado nos exatos termos da denúncia e da pronúncia, ou seja, por um homicídio qualificado pelo recurso que dificultou a defesa da vítima. Já a defesa de Valdeir requereu a absolvição do réu por negativa de autoria.
Após o resultado da votação dos jurados, o acusado Valdeir Alvisi de Araújo de 38 anos, que já estava preso por roubo, foi condenado a 15 anos, 04 meses e 24 dias de reclusão em regime fechado por homicídio qualificado.
Texto: Abel Labajos
Fonte: Folha de Vilhena
