Momento ideal para observar o fenômeno será ao nascer da Lua, observando-se o horizonte ao Leste
A noite dessa sexta-feira (27 de julho) promete um grande show no horizonte mundial, com o maior eclipse lunar já registrado do século durando uma média de 1h42min em seu eclipse total, e quase quatro horas levando em consideração a fase inicial e final do evento astronômico.
O momento lunar do eclipse se dará a partir do alinhamento dos três astros (sol, terra e lua) respectivamente, momento em que a Terra bloqueará boa parte da luz solar, lançando a Lua em uma penumbra, deixando-a sem brilho, mas ainda visível graças ao efeito de refração que a Terra exerce sobre a luz solar.
Para deixar o momento ainda mais espetacular, o evento contará também com uma “lua de sangue” (assim conhecida por causa da coloração avermelhada que a Lua recebe devido à passagem de alguns raios solares pela atmosfera, onde as cores contidas nos raios – as mesmas que compõem o arco-íris – se espalham pela superfície terrestre, como a verde ou a azul, evidenciando a cor vermelha).
Em alguns países do mundo – principalmente na Europa – será possível ver o eclipse desde o início até o seu final. No Brasil o fenômeno também será visível em determinado momento, principalmente na Costa Leste do país. O horário para a observação do eclipse variará de região para região, precisando atentar-se para o nascimento da Lua.
Além do eclipse lunar e da Lua de Sangue, os olhares também estarão voltados para o planeta vermelho que estará muito próximo à Terra nessa sexta-feira, se colocando em oposição ao Sol e ganhando destaque ao lado da Lua. Vale lembrar que o planeta Marte estará em sua noite mais brilhante nesse sábado (28), conferindo ao final de semana um espetáculo astronômico.
MUITO ALÉM DA BELEZA
O eclipse lunar se torna um fenômeno não só espetacular em âmbito observatório, como também é uma grande oportunidade para que estudiosos e cientistas possam obter informações sobre a poluição atmosférica, atividades de emissão vulcânica e até mesmo para informar sobre o tamanho do buraco na camada de ozônio.
Para medir tais informações, os estudiosos observam o grau de tonalidade que a Lua de Sangue atinge em seu surgimento. Quanto mais vermelho o astro se mostrar, maiores são as possibilidades do aumento da poluição atmosférica, bem como das demais atividades naturais citadas.
Texto: Mizellen Amaral
Fonte: Folha de Vilhena
Foto: Ilustrativa/Internet
