Após uma denúncia realizada anonimamente, uma patrulha de polícia do município de Vilhena se deslocou até a área rural da cidade em uma região de fazendas, para investigar a respeito de uma ocupação ilegal armada por parte de pessoas desconhecidas dos proprietários do local.
Ao chegar ao referido endereço, os policiais se depararam com uma abertura recente feita na mata que cobre parte do lote em questão e, depois de acompanhar o percurso da trilha, saíram em uma clareira com dois barracos construídos aparentemente há pouco tempo, e um terceiro ainda em construção.
Sete pessoas – cinco homens e duas mulheres – foram encontrados no espaço, bem como documentos de um oitavo integrante do grupo. As armas denunciadas não foram encontradas, havendo a suspeita de que estavam enterradas ou escondidas em alguma parte da mata. Sinalizadores (fogos de artifício) provavelmente usados para anunciar a chegada da polícia foram apreendidos.
Todos os integrantes do grupo foram presos e levados à Unidade Integrada de Segurança Pública (UNISP) de Vilhena, onde o boletim foi lavrado para que as medidas cabíveis sejam tomadas.
CONFLITOS AGRÁRIOS FREQUENTES
O lote e arredores da região ocupada ilegalmente já apresenta um histórico trágico de conflitos agrários entre membros da Liga dos Camponeses Pobres (LCP) e fazendeiros locais, onde seu ápice teve espaço com a morte de cinco pessoas que trabalhavam nas Fazendas Vilhena e Jatobá, acontecimento que causou grande comoção.
Texto: Mizellen Amaral
Fonte: Folha de Vilhena
Foto: Marizilda Cruppe/EVE/Greenpeace