“A composteira orgânica veio para trazer tanto para o ambiente escolar quanto o de casa a importância da redução de se encaminhar os resíduos alimentares para o nosso aterro sanitário”, diz Luciane Oliveira, servidora do Departamento de Planejamento de Projetos do SAAE
Desenvolvido a partir de um projeto do SAAE (Serviço Autônomo de Água e Esgoto) de ampliação e adequação do sistema de água em Vilhena, o intento social que distribuirá para cerca de 29 escolas municipais nessa primeira etapa do ano composteiras orgânicas, auxiliando nas hortas escolares, visitou nessa segunda-feira (15) a Escola Municipal Infantil Santa Luzia, no bairro Vila Operária, em Vilhena para fazer uma dessas entregas.
As composteiras orgânicas trazem vários benefícios para a população em geral, não só a redução de resíduos alimentares destinados aos aterros sanitários, como também a redução da utilização de produtos agrotóxicos na produção de verduras e legumes, incentivando o cultivo de hortaliças saudáveis e estimulando uma alimentação balanceada já desde as escolas. O objetivo das instituições envolvidas nesse programa é a ampliação dessas hortas para os quintais das casas com a ajuda dos alunos e pais.
Luciane Oliveira, 27 anos, servidora do Departamento de Planejamento de Projetos, diz que a importância de uma ação social dessa está diretamente ligada à educação ambiental, instigando as crianças a produzirem a partir de práticas menos agressivas ao meio ambiente. “A composteira orgânica é focada em reutilizar os restos de alimentos, que são cascas de frutas, verduras, legumes, pó de café (desde que não contenha açúcar ou comida cozida, porque irá juntar várias formiguinhas e prejudicar o crescimento das plantas) e erva de tereré, para estar transformando em adubo”, ela comenta afirmando que isso pode encorajar os alunos que tem quintal em casa a criar composteiras domésticas e fazerem seus próprios canteiros.
Esse adubo poderia ser reproduzido nos quintais de casa com materiais simples, como toras de eucalipto pequenas, garrafas pets ou até mesmo baldes com o fundo furado que, cobertos com camadas de terra, serragem, a presença de algumas minhocas e comida que seria destinada ao lixo começam a se desfazer e formar húmus e, posteriormente o adubo líquido, aparado por um outro balde.
Essa mesma estrutura é reproduzida nas composteiras doadas às escolas, porém no formato de caixas e com minhocas californianas, específicas para essas situações. Luciane explica que, o uso dessa espécie não é obrigatória, sendo empregada somente pelo tempo mais acelerado de decomposição da comida disposta na terra. Além das palestras ofertadas para as diretorias e as merendeiras dos colégios, uma equipe do SAAE será disponibilizada e visitará a cada quinze dias o estabelecimento para verificar o andamento do programa, segundo Luciane.
PROJETO PILOTO
O assessor de comunicação do SAAE, Matias Siqueira, explicou também um pouco do projeto piloto dessa ação social. Com o intuito de economizar energia elétrica gasta nos poços artesianos e a manutenção das bombas usadas, a ampliação e readequação do sistema de água de Vilhena visa construir em dois pontos da cidade caixas d’água com uma capacidade significativa de armazenamento. Embora os recursos para a execução do planejamento ainda não foram liberados, os dois possíveis pontos estudados por engenheiros são os bairros Jardim das Oliveiras e Setor 10, que são considerados os mais altos da localidade.
“Essas caixas d’água vão servir como se fossem um reservatório para não precisar utilizar tanto as bombas dos poços artesianos, que hoje são trinta e sete ligados diretamente na rede para abastecer Vilhena. Com isso, nós economizaríamos com a energia elétrica que toca essas bombas, bem como com a redução do trabalho com manutenção e outras prevenções que tem que ter”, finaliza Matias.
Texto e fotos: Mizellen Amaral
Fonte: Folha de Vilhena