“Esse é um meio de nós sermos mencionadas, lembradas pelas pessoas” disse Damiane Martins, produtora de ovos artesanais
A Páscoa, comemorada esse ano no primeiro domingo de abril, apresenta uma variedade de guloseimas que são exibidas nas lojas, supermercados e docerias. O mais significante dentre esses doces fabricados e vendidos entre a população é o ovo de páscoa, uma iguaria feita de chocolate e adaptada para diversas versões e recheios.
O mercado crescente desse produto permitiu que diversas opções surgissem nesse período e se moldassem aos seus apreciadores. Entre essas opções estão os ovos de páscoa artesanais, fabricados caseiramente e vendidos a partir de indicações feitas entre famílias e amigos, que se apresentam como uma alternativa tanto para clientes quanto para pessoas que buscam uma fonte de renda alternativa.
Além de apresentarem um preço diferenciado dos ovos industriais, os artesanais contam ainda com diversificações como os trufados (que apresentam uma espécie de recheio na própria casca de chocolate) e os de colher (que são feitos a partir de um preenchimento da metade de um ovo com o recheio escolhido pelo consumidor). Contando com o sabor incomparável e o ingrediente extra característico da alegria com que seus fabricantes usam para produzir essas guloseimas, os ovos passam a ganhar um espaço cada vez mais evidente entre a sociedade.
Damiane Martins, 35 anos, trabalha com a produção de ovos artesanais há cinco anos, e conta que precisa se adaptar conforme vai surgindo a demanda da época de páscoa. Hoje, ela produz uma variedade de doces como brigadeiro, beijinho, brigadeiro de leite ninho, mini bombons, trufas, pirulito de chocolate, alfajor, além dos ovos artesanais. Com uma média de 150 ovos vendidos por ano, ela conta que a meta é sempre bater esse número, afirmando que as vendas muitas vezes acontecem antes e depois do período de páscoa: “muita gente não tem dinheiro ou condições de comprar no dia da pascoa então procura a gente depois”.
Assim como muitas outras mulheres que trabalham com essa oferta, Damiane conta que saiu do serviço para cuidar da família e viu na venda dos ovos uma oportunidade de ganhar seu próprio dinheiro, embora tenha começado a venda com pequenos doces como trufas e em um círculo social mais restrito. Com o passar do tempo a divulgação via Facebook e WhatsApp acabou por criar uma clientela maior e ela expandiu seu negócio, recebendo hoje muitos pedidos.
Ainda segundo ela “o sabor diferencia o ovo de páscoa do industrial, porque quando você come um produto como esse além de estar saboreando algo diferente, está valorizando também o artesão”. Damiane finaliza a entrevista dizendo: “é gratificante trabalhar com essa produção. E essa parte de ser recompensante é que as pessoas valorizam o que a gente faz”.
Texto: Mizellen Amaral
Fotos: Divulgação
Fonte: FOLHA DE VILHENA