Sesai abriu sindicância para apurar falhas que aconteceram no atendimento da Casai. Segundo especialista, larvas se alastraram e ainda perfuraram o ‘céu da boca’ da garota.
Por causa dos riscos que a paciente poderia correr e levando em consideração que o Hospital Regional de Vilhena não tem Unidade de Terapia Intensiva (UTI) infantil, a menina foi transferida para Cacoal no mesmo dia.
Segundo Magalhães, as larvas se alastraram e ainda perfuraram o ‘céu da boca’ da garota. “A gente conseguiu tirar em torno de 20% só do palato dela. Se eu for quantificar, eu devo ter tirado mais ou menos de 150 a 200 larvas, sem contar a língua, sem contar a parte interna óssea, porque eu não pude abrir. Essa situação tem tempo; já deve ter uma evolução mínima de duas a três semanas”, esclarece.
Ministério da Saúde
O Ministério da Saúde afirma que está acompanhando caso. O órgão ainda ressalta que a assistência à saúde indígena tem registrado avanços e que, no ano passado, a área recebeu investimento de mais de R$ 1,5 bilhão.
Leia a nota na íntegra:
O Ministério da Saúde informa que está acompanhando, por meio da Secretaria Especial de Saúde Indígena, o estado de saúde da adolescente indígena a que se refere a reportagem. Uma enfermeira que faz parte da equipe da Casa de Saúde Indígena (CASAI) de Vilhena permanece com a adolescente.
A assistência à saúde prestada à população indígena tem registrado importantes avanços nos últimos anos, desde a criação da Secretaria Especial de Saúde Indígena (SESAI), em 2010, que passou a ser responsável pela gestão do Subsistema de Atenção à Saúde Indígena do SUS (SASISUS) e pela execução de ações de atenção básica e saneamento básico a cerca de 750 mil indígenas, pertencentes a 305 povos indígenas e que vivem em mais de cinco mil aldeias.
No ano passado, a saúde indígena recebeu o maior investimento desde que o Ministério da Saúde passou a gerenciar a área, mais de R$ 1,5 bilhão de reais.
Este recurso é utilizado para melhorias da qualidade de vida dessa população, como custear a manutenção das ações, pagar salário dos profissionais e fazer investimentos em edificações e saneamento básico, além da aquisição de insumos e equipamentos.
Texto e fotos: Eliete Marques/G1
Fonte: G1/Vilhena