Mesmo com o movimento grevista que atinge trabalhadores em Rondônia e vários outros estados, a empresa de Correios anunciou, para este sábado (30) e domingo (1°), um mutirão de entregas, para colocar em dia a carga de objetos postais.
Em nota divulgada nesta sexta-feira (29), os Correios informaram que 84,42% dos empregados em todo o país (91.651) estão trabalhando normalmente.
Em Rondônia, apenas 32 trabalhadores dos Correios aderiram à greve nacional.
Sobre a greve, o Correios afirmou que, na quinta-feira (28), o Tribunal Superior do Trabalho (TST) determinou que a greve dos trabalhadores dos Correios é abusiva e que, diante disso, aguarda o retorno dos empregados aos seus postos de trabalho.
De acordo com a empresa, em todo o país, a rede de atendimento está aberta e todos os serviços, inclusive o SEDEX e o PAC, continuam disponíveis. Apenas os serviços com hora marcada (Sedex 10, Sedex 12, Sedex Hoje, Disque Coleta e Logística Reversa Domiciliária) estão suspensos.
Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Empresa de Correios e Telegrafos (Sintec/RO), Antônio Edson Antunes da Cruz, a greve no Estado é simbólica e foi mantida porque os grandes centros, como São Paulo e Rido de Janeiro, também deflagram greve na quarta-feira (27). “A previsão é que a paralisação seja encerrada na próxima terça-feira (3)”, informou um representante do Sintec/RO.
Histórico da paralisação
No último dia 22, os Correios e a Federação Interestadual dos Sindicatos dos Trabalhadores e Trabalhadoras dos Correios (Findect) chegaram a uma proposta de Acordo Coletivo de Trabalho para o biênio 2017/2018, que contemplava reajuste de 3% nos salários e benefícios a partir do mês de janeiro de 2018 e manutenção do ACT 2016/2017. No entanto, na última terça-feira (26), trabalhadores ligados a essa federação decidiram aderir à paralisação que já havia sido iniciada por outros sindicatos.
A Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect) iniciou a paralisação nas suas bases sindicais no dia 19, antes do fim das negociações.