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Pecuaristas de Porto Velho a Vilhena sofrem com a praga ‘cigarrinha’, diz Embrapa


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Infestação nas lavouras ocorre desde o início da pecuária no estado na década de 70. Seminário foi realizado para falar do combate à praga.

Pecuaristas de Rondônia têm problemas para combater a praga ‘cigarrinha-das-pastagens’ desde quando a pecuária foi instalada no estado na década de 1970. De acordo com o pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária em Rondônia (Embrapa-RO) César Teixeira, a praga ataca as pastagens na época das chuvas sugando a seiva, injetando toxina e deixando o capim seco.

De acordo com o pesquisador, esse tipo de praga não é um problema que ocorre somente no estado. “O problema da cirgarrinha não é um problema só de Rondônia, e sim da pecuária bovina brasileira, mas desde o princípio da pecuária rondoniense há problemas com cigarrinha”, explica o pesquisador.

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Conforme o pesquisador, a praga não come o capim, mas sim, suga a seiva, e acaba injetando uma toxina que impede que o boi consuma a pastagem. “A cigarrinha, como vários insetos, se alimenta de um tipo de planta, nesse caso, as pastagens. Onde tem pastagem tem cigarrinha, então ela compete com o boi. Quando ela ataca, ela não come, ela suga a seiva injetando uma toxina, tornando a pastagem seca e inviável ao consumo”, explicou Teixeira.

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O pesquisador informou que é importante que o pecuarista realize diversas ações de manejo para impedir a proliferação da cigarrinha-de-pastagem na propriedade. “Ela causa danos na estação das chuvas, uma chuva bem distribuída permite que cresça o capim, e crescendo o capim tem alimento para elas. É importante fazer amostragem na propriedade todas as semanas, pois você consegue detectar com mais rapidez a praga”, conta o pesquisador.

Conheça as principais ações que devem ser realizadas pelos pecuaristas para evitar a praga:

– Diversificação das espécies usadas para pastagem;
– Utilização de espécies forrageiras resistentes;
– Uso de sementes certificadas pelo Ministério da Agricultura para garantir a sanidade dos cultivos;
– Adubação de formação e manutenção das pastagens;
– Divisão das pastagens;
– Promoção do consórcio de gramíneas com leguminosas forrageiras;
– Promoção da rotação de cultivos;
– Adoção do ILP/ILPF (Integração Lavoura Pecuária Florestas);
– Emprego do manejo rotacional do rebanho;
– Uso de formulações do fungo Metarhizium anisopliae no controle biológico da praga;
– Uso de inseticidas químicos registrados no Ministério da Agricultura;
– Manutenção de faixas de vegetação nativa entre as áreas de pastagens, para a preservação de
inimigos naturais.

Para que pecuaristas do estado estejam a par dessas técnicas, a Embrapa realizou na quinta-feira (31), o ‘Seminário Estadual de Controle da Cigarrinha-das-Pastagens’, com palestras sobre a descrição do inseto, o ciclo biológico das pastagens, danos, manejo integrado e integração de medidas para eficiência dos controles biológicos e químico, as novas tecnologias e seus avanços no manejo de pastagem e da pecuária, a qualidade sanitária de sementes forrageiras e a produção de sementes e Fiscalização, de acordo com a Legislação do Registro Nacional de Sementes e Mudas (Renasem).

O pecuarista Homero Cambraia participou do seminário e diz que esse tipo de informação é essencial para a captação de ideias para o controle da praga no estado. “O seminário é para tentarmos reunir ideias de como combater a cigarrinha, pois não existe ainda um método acessível a todos os produtores rurais. Nós fazemos as tratativas, mas o custo é alto e o resultado não é dos melhores. Por isso é importante reunir ideias e achar uma maneira de combater com mais eficácia”, disse Cambraia.

O evento ocorreu no auditório da Embrapa em Porto Velho com o apoio da Secretaria de Estado da Agricultura, da Empresa Autárquica de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-RO), da Agência Agrosilvopastoril do Estado de Rondônia (Idaron) , Federação de Agricultura e Pecuária do Estado de Rondônia (Faperon) e Arysta LifeScience, Associação dos Produtores Rurais de Rondônia (APPRO) e uma empresa privada.

Texto: Hosana Morais/G1
Foto: Rede Amazônica Acre

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