No local havia caixas com etiquetas da Secretaria de Estado de Saúde do Acre (AC). Secretaria Municipal de Saúde de Vilhena deve apurar o caso.
Centenas de seringas foram achadas despejadas em um terreno baldio do Bairro Parque Industrial São Paulo, em Vilhena (RO), a 700 quilômetros de Porto Velho. Um morador da região denunciou o caso à reportagem nesta quarta-feira (23). Junto às seringas havia caixas com etiquetas da Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre).
O morador, que não se identificou, informou que passou no local e viu as seringas despejadas no terreno. A reportagem foi até o endereço e encontrou centenas de injetáveis, que a princípio, parecem novas.
Nas etiquetas das caixas diz o nome do medicamento: carbamazepina 2%, suspensão oral 100 ml, que venceu em outubro do ano passado.
O remédio é utilizado no tratamento da epilepsia. No registro, o cliente do produto é a Secretaria de Estado de Saúde do Acre.
À reportagem, a Sesacre informou que estava fazendo o rastreamento do produto, através dos dados que estão nas etiquetas. A secretaria informou que o fornecedor [Recmed], que aparece na etiqueta da caixa onde estava as seringas, “não tinha contrato de fornecimento do medicamento destacado na etiqueta para a SESACRE”.
A Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma) disse à reportagem que fiscais foram até o terreno e fizeram um relatório.
O documento foi protocolado na Secretaria Municipal de Saúde, para que eles façam o recolhimento das seringas e apurem a situação.
Leia na íntegra a nota da Secretaria de Saúde do Acre sobre as seringas achadas em RO:
Em primeira análise através das fotos enviadas, pode ser identificado que as etiquetas fixadas nas caixas indicam que o produto transportado originalmente dentro destas caixas deveria ser o medicamento “carbamazepina 2% suspensão oral 100mL”, cujo cliente seria a Secretaria de Estado de Saúde, Endereço: Avenida Getúlio Vargas, Nº 1446 – Bairro Bosque – Rio Branco – AC – CEP 69.908-550, e a empresa fornecedora seria a Recmed, NF 165657, Data de Emissão do Pedido: 12/11/2014.
Em segunda análise através de busca nos sistemas de informação desta SESACRE (GRP e SesacreNet), bem como, através do Diário Oficial do Estado do Acre, podemos constatar que no ano de 2014 o fornecedor em questão não tinha contrato de fornecimento do medicamento destacado na etiqueta para a SESACRE.
Por fim, constatamos também, através do Sistema GRP, que como objeto da denúncia são seringas aparentemente novas, porém com prazo de validade expirado, venho informar que este DAFI, no período de janeiro de 2014 a 23 de agosto de 2018, não realizou nenhum descarte por vencimento no período citado,
Sendo o que se apresenta para o momento, me coloco à disposição para maiores esclarecimentos que se fizerem necessários.
Atenciosamente,
Ludmila Santana Tavares Gerente do DAFI
Portaria SES/AC 975/2016
Fonte: G1 RO