“Ele desafiou a medicina” – foi assim que a artesã e cabeleireira, Rita de Cássia Teodósio da Silva Ramos se referiu ao filho quando iniciou a entrevista com a equipe de reportagem do site Folha de Vilhena, na tarde desta quinta-feira, 29.
Natural de Recife no Estado de Pernambuco, mas morando há quatorze anos em Rondônia, só os últimos três anos em Vilhena. Rita de Cássia é mãe do pequeno, Djair Ferreira Ramos Teodósio Junior, 10 anos, uma criança especial que precisa de muitos cuidados e, o principal a ajuda de toda a população.
Junior, como é chamado pela família, é portador de Paralisia Cerebral Espástica, uma doença transmitida por uma bactéria conhecida como, Serratia Marcenses, que fez com que perdesse os movimentos, logo após seu nascimento em 10 de agosto de 2006.
De acordo com a mãe, Junior nasceu prematuro, mas saudável. Só que por ter nascido com apenas seis meses, o filho teve que ficar na incubadora para conseguir ganhar peso e força. Foi quando contraiu a bactéria por infecção hospitalar – 10 dias após a internação – que o deixou em coma. Ele só teve alta médica três meses após ter sido diagnosticado com a doença, mas só conseguiu iniciar o tratamento aos cinco meses de idade em vários centros especializados.
– Fiquei internada no hospital junto com Junior após seu nascimento. Foi aí que ele contraiu a bactéria por causa do manuseio e do cateter. Eu e meu esposo não sabíamos de nada, porque os médicos não falavam. Só descobri o que realmente estava acontecendo quando entrei na sala dos médicos e ouvi a conversa. Muitos falavam que quem contraísse a bactéria, morreria em 24 horas, mas eu tinha a esperança que isso não iria acontecer. Foi quando veio à surpresa, Junior estava consciente – disse emocionada, a mãe do menino.
Rita de Cássia contou ainda que antes de vir à Vilhena morou por alguns anos no município de Guajará-mirim com sua filha, Ana Heloísa de 08 anos e seu esposo, Djair Ferreira Ramos Teodósio, de 51 anos, hoje desempregado.
Se eu tiver que lutar, lutarei para dar uma vida mais saudável a meu filho
Naquela cidade, conforme Rita, a família com ajuda de amigos promoveu leilões, shows beneficentes, desfile de moda, para arrecadar o dinheiro e ir até à China, uma vez que Junior, naquela época com 04 anos, tinha sido selecionado por um hospital entre 15 mil crianças, para fazer um tratamento com células-tronco. Eles precisavam de R$ 80 mil dólares para a viagem e tratamento.
– Em Guajará-mirim, muitas pessoas nos ajudaram, desde agricultores até grandes empresários. A campanha foi tão grande que pessoas de Nova Mamoré, Extrema e Porto Velho doaram. Mais de 200 animais foram leiloados, sem contar os objetos como eletrodomésticos. Com esse dinheiro conseguimos ir à China e, Junior conseguiu fazer oito transplantes de células-tronco que o ajudaram na sua recuperação – destacou a mãe.
Hoje, Junior precisa mais uma vez cruzar o atlântico e ir até à China para continuar o tratamento, mas a família não tem condições financeiras para arcar com as despesas de uma viagem tão cara. O pequeno necessita também de uma cadeira especial Rodeo Tilt RD 16 com apoio de cabeça, tronco, e quadril que custa R$ 14 mil e um andador da Rifton tamanho G, que custa R$ 28 mil. Há um ano ele está sem os equipamentos e já começaram a surgir certas complicações. Além disso, ele precisa também de fralda tamanho XXG e de alimentos.
A mãe que é artesã não está podendo trabalhar, porque necessita dar muita atenção ao pequeno Djair, e o pai que é agrónomo está em busca de emprego.
Qualquer ajuda em bem-vinda! As doações de qualquer quantia podem ser realizadas na seguinte conta:
Banco do Brasil
Agência: 0390-5
Conta poupança: 19.631-2
Variação-51
Favorecido:
Rita de Cássia Teodósio da Silva Ramos
Doações de cestas básicas, fraldas e leite também ajudarão muito à família de Djair Junior. Telefone para contato: 69 9 8434 6501.
Texto e foto: Redação
