A família de Abílio Godêncio já está fazendo as contas para migrar da olericultura para a lavoura de café. Eles são parte da comunidade da Agrovila Renascer, um assentamento com 40 famílias da agricultura familiar localizado em Vilhena, no KM-10 da estrada que dá acesso a Colorado do Oeste.
A família Godêncio recebeu 1.500 mudas do café clonal BRS Ouro Preto, mas já estuda a possibilidade de ampliar a lavoura para oito mil pés. “Numa conta rápida e simples, o café que já plantamos vai nos render 30 vezes mais que a produção de tomates. Sem contar que o trabalho na lavoura do café é mais leve”, anima-se Diego Ramos Godêncio.
Atualmente, os Godêncio atuam na produção de tomates, pepino, abóboras, quiabos, jiló, frutas e verduras. “O tomate sempre foi nosso carro-chefe. Agora apareceu uma praga que estamos demorando a acabar com ela. Com isso, os prejuízos surgem também”, citou Noêmia Cangirana Ramos Godêncio.
Sem experiência na lida com o café, Gangirana Godênio está entusiasmada com a nova cultura. “Meu marido já trabalhou com café há muitos anos, na região de Ji-Paraná. Ele diz que é muito bom e lucrativo. Ele só não sabia de um detalhe: esse café clonal produz muito mais do que o tradicional Conilon que ele conheceu”, ressaltou a agricultora, que vive na propriedade de apenas um hectare e meio.
O governo de Rondônia vem incentivando o plantio de novas lavouras de café clonal BRS Ouro Preto, já que o grão é fruto de uma pesquisa científica e desenvolvido para produzir mais dentro das condições climáticas da região. A meta é ampliar o cultivo do café, elevando a produção para quatro milhões de sacas/ano a partir de 2019. Todos os contemplados com mudas de café, de Norte a Sul de Rondônia, recebem assistência técnica da Entidade Autárquica de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-RO).
Fonte
Texto: Paulo Sérgio
Fotos: Ésio Mendes
Secom – Governo de Rondônia