Programa federal encerra em abril; outros médicos farão o atendimento nas comunidades
A permanência dos médicos cubanos em Vilhena foi assunto de reunião na manhã desta quarta-feira, 15, na Secretaria Municipal de Saúde (Semus).
Representantes de comunidades foram ouvidos pelo titular da pasta, Marco Aurélio Vasques, que esclareceu dúvidas sobre o programa “Mais Médicos” no município.
O contrato dos profissionais do programa, celebrado entre os governos do Brasil e Cuba, vence em abril.
Um dos médicos, Lidiér Manzano Hernandez, foi requisitado pela própria população para permanecer no Brasil, porém não há possibilidade de mantê-lo. “O programa é regido exclusivamente pelo governo federal e não temos como interferir nesta decisão”, explicou o secretário de saúde.
Representantes de duas áreas rurais da cidade, João Baeti (União da Vitória) e Alex (Corumbiara Nova), estiveram na secretaria e compreenderam as explicações. “Estes primeiros chegaram em 2014, logo após a implantação nacional do programa e o governo cubano só permite que eles fiquem três anos no Brasil para que não virem desertores”, detalhou o coordenador do programa, médico Jânio Marques.
De acordo com Jânio, a única exceção para que eles permaneçam no país é caso eles casem no Brasil e constituam família. “Uma médica foi nesta quarta-feira, 15, para Manaus com o marido para tentar permanecer”, comentou.
O programa “Mais Médicos” foi criado pelo governo brasileiro num acordo com Cuba, onde quem intermedia as contratações é a Organização Panamericana de Saúde (Opas). Neste formato os médicos recebem uma bolsa que é dividida entre as despesas deles, o governo cubano, a família e a Opas. “É um convênio bilateral com suas regras já estabelecidas e mesmo que desejamos, não e uma decisão a nível de município”, enfatizou Vasques.
Dos que atuaram em Vilhena, sete retornarão a Cuba, dois fugiram e uma ficou doente. Entretanto, Jânio tranquilizou os moradores, já que outros médicos farão o atendimento na comunidade.
Jânio explicou que na época em que os cubanos foram contratados faltavam médicos em várias regiões do país, mas hoje a realidade já mudou. A Semus enfatizou a importância que estes médicos, mas esclareceu que obedecerá às determinações do Ministério da Saúde.
Fonte: Assessoria