Na última sessão ordinária da Câmara de Vereadores que ocorreu na terça-feira, 21, o vereador Célio Batista fez uso da tribuna para cobrar explicações do secretário de saúde, Marco Aurélio Vasques sobre uma declaração referente a um recurso federal de R$ 200 mil que sumiu da UTI.
À imprensa, nesta quinta-feira, 23, Vasques reafirmou o desvio de finalidade do dinheiro. Ele explicou que o montante caiu na conta da prefeitura no dia 04 de julho de 2014 e saiu da conta para fins de pagamento de folha de servidores no dia 01 de agosto de 2014 em uma parcela de R$ 140 mil e em outra de R$ 100 mil em novembro.
“O recurso federal era destinado à reforma da unidade de cuidados intermediários neonatal (UTI) e como a obra não foi realizada, o município tem que devolver esse dinheiro ao Ministério da Saúde conforme solicitado. Quando fomos checar para fazer a devolução, notamos o desvio de finalidade”, detalhou.
Vasques, ainda, disse que a prefeitura terá que tirar o dinheiro de outro setor para ressarcir o Governo Federal.
Sobre o vereador ter esbravejado que o caso seria de polícia, Marco Aurélio apresentou os ofícios em que a Secretaria Municipal de Saúde (Semus) respondeu à Polícia Federal (PF) neste mês quanto ao possível desvio. “Realmente é caso de polícia e por isso a polícia está investigando. Já encaminhamos as respostas ao delegado da PF”.
Outro ponto questionado por Célio, que foi prefeito interino por 45 dias, é a respeito do empréstimo de medicamentos de Cacoal que a Semus teria feito. “Não há processo de empréstimo. Foi feito um reconhecimento de dívida no valor de R$ 250 mil para adquirirmos com rapidez medicamentos, material penso e insumos e fizemos isso para conseguirmos dar agilidade ao trâmite. Encontramos a prefeitura sem nenhum frasco de dipirona licitado e o paciente sofreria com isso”, comentou.
Vasques ressaltou que está à disposição dos vereadores para qualquer esclarecimento quanto aos gastos da saúde e que o compromisso da prefeita Rosani Donadon é o bom uso do recurso público e a transparência com a população, por isto estes dados estão sendo levantados e investigados pela própria secretaria. “Reafirmo que estamos rastreando cada um dos valores e pode sim ter mais casos como este”, encerrou.
Fonte: Semcom