Este caso já virou uma novela, a saúde é uma das principais preocupações dos moradores que habitam nas redondezas da linha 135, em Vilhena
Nossa reportagem esteve mais uma vez verificando como estaria o acúmulo de lixo na linha 135, localizado na área rural de Vilhena. Muitas matérias já foram feitas em relação à situação que se encontra o local.
Este caso virou até mesmo assunto de indicação da Vereadora Maria José da Farmácia, na sessão da Câmara de Vereadores em agosto, onde conforme a vereadora deveria ter feito urgentemente a limpeza daquela linha. A indicação foi de nº 331/2016, onde estaria somente no papel, mas que os moradores teriam esperança que logo esse impasse seria sanado e o lixo naquela estrada seria resolvido.
Como pode-se observar, mesmo tomando medidas contra o local nada foi feito para sanar o grande problema que o lugar está trazendo, principalmente para as crianças que moram próximo.
Além disso, a linha rural é utilizada por pequenos agricultores para escoamento de seus produtos, a quantidade de lixo espalhado no meio da estrada assusta todos que passam por perto.
“Já estivemos muitas vezes na prefeitura para perguntar o que pode ser feito, e quem é o responsável pelo local, mas somente nos enrolam e não sabem explicar”, disse uma moradora do Conjunto Habitacional União, Fátima Beatriz.
Percebe-se que a maioria dos lixos acumulados são de empresas e produtos domésticos, sendo encontrados diversos pedaços de peças de computador, marmitas de restaurante, sofás, máquinas de lavar roupa, fogões, etc.
Infelizmente a “responsabilidade” não seria apenas da prefeitura de Vilhena, mas sim, dos moradores que se aproveitam da situação que se encontra o local para continuar jogando entulhos, não podendo haver mudanças se os próprios moradores não valorizar e preservar a estrada.
“Quem também vai sofrer futuramente com isso são os moradores das chácaras, porque tudo está sendo levado para lá quando chove. Se uma pessoa que não mora aqui ficar um dia vai ver, dá até medo, é caçamba atrás da outra trazendo lixo para descarregar”, disse a moradora.
Um assunto que também foi citado, é de que, futuramente poderia ser construído uma escola naquele mesmo local para as crianças, sendo um argumento bem “hipócrita”, onde o lugar não tem um sustento para a construção, “é impossível nesse monte de buraco querer fazer uma escola, só se deixar as crianças penduradas nos postes (ironizou), aqui mesmo vai servir somente para preservação e plantar árvores, olha lá ainda”, falou Fátima.
Os entulhos já atrapalham para a visibilidade na linha 135, e para piorar as estradas estão em péssimas condições, os agricultores aliás, ressaltaram que há anos os mesmos vêm sofrendo com as condições que só pioram, impossibilitando o escoamento das produções.
A reportagem do site Folha de Vilhena já presenciou crianças brincando no local, sem saber se quer o perigo que passam, cacos de vidro espalhado, animais mortos, e acúmulo de água, a maior preocupação é o risco que as crianças estão passando, principalmente para se contaminar com alguma doença, ainda mais nesta época de chuva que está estimulando o surgimento de insetos, especialmente as moscas varejeiras, responsáveis pela transmissão de doenças que vão desde infecções urinárias, diarreia, e em casos extremos, a tuberculose.
“A pergunta que irá persistir, quem é o responsável pelo local e o que pode ser feito. Faz meses que eles não passam por aqui para pelo menos empurrar esse lixo para o buraco, eles só vêm quando não tem mais como passar pela estrada de tanto lixo que tem no meio da rua”, finalizou a moradora.
Se a linha 135 virou um lixão, medidas urgentes devem ser tomadas para sanar o grande problema de saúde pública que isso pode-se tornar.
Texto e fotos: Nataly Labajos