Estudantes da mesma escola onde aconteceu caso se dizem prejudicados. Caso aconteceu durante a prova de sábado em Guajará-Mirim
A entrada de um candidato no local de prova meia hora após os portões se fecharem causou revolta na maioria dos candidatos que fizeram o Enem 2016 no mesmo local, a Escola Estadual Irmã Maria Celeste, em Guajará-Mirim. O caso aconteceu no sábado (5). Alguns candidatos da escola relatam que se sentem prejudicados. Segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), a Polícia Federal (PF) e o consórcio estão investigando o caso.
Andressa da Silva Eguez, que fez o Enem na mesma escola onde o candidato entrou 30 minutos depois dos portões se fecharem, não concorda com o benefício concedido. “Eu não acho que foi justo, porque todo mundo sabe que tem que olhar o local da prova antes ou até imprimir. Quem não tem condições de imprimir, anote no papel o número da sala ou a escola que fará a prova”, diz a estudante de 32 anos.
Em entrevista no sábado, a coordenadora do Enem no município afirmou que liberou a entrada do estudante no local porque o candidato, que não quis se identificar, acusou a coordenação de tê-lo enviado para outro local, mesmo ele tendo chegado no horário correto na escola.
Segundo a estudante Andressa Silva, a conduta da coordenadora é questionável em relação a como ela saberia que o aluno faria prova em outro lugar. “Como a pessoa vai saber? Quem tem que saber disso é o candidato. Me senti prejudicada, pois se eu chegasse 11h01 (local) ninguém iria me deixar entrar. O Brasil todo vai querer uma providência, pois quantas pessoas não chegaram atrasadas por causa de um minuto”, diz.
Outro estudante, Aldemar Torres, 27 anos, também não concorda com a entrada do estudante atrasado. “Olhando pelos dois pontos, eu me senti prejudicado porque a gente acorda cedo, está na hora prevista e se a gente chegasse atrasado não seria permitido a entrada. Mas pelo que eu fiquei sabendo, mandaram o aluno pra outro local e é uma situação bem complicada, que tem que ser avaliada pra não cometerem injustiça. Eu espero que seja averiguado e que a Justiça seja feita”, afirma.
Já a candidata Alzerina Mercado diz que não se sentiu prejudicada e que a culpa foi da coordenação. “Não me senti prejudicada, pois as provas iniciaram 11h30. Provavelmente ele deve ter entrado antes da prova começar. Se ele esteve aqui e foi informado pela coordenação que aqui não era o local de prova dele e foi induzido a ir a outro local, acredito que ele estava no direito dele, já que chegou no horário, porém a coordenação estava despreparada para não saber informa-lo direito”, aponta.
Coordenação
No sábado, a coordenadora do Enem relatou como foi a conversa com o aluno na Escola Irmã Maria Celeste. “Chegando aqui, eu conversei com ele, mas ele continuou acusando a coordenação, falando que nós tínhamos mandado ele para outro local. Só que ele estava com o cartão de confirmação na mão”, relata a coordenadora.
No sábado, ao ser procurado pela reportagem, o Inep disse que tomou conhecimento dos fatos e que estaria adotando todas as medidas cabíveis, sem dar outros detalhes. Neste domingo (6), o instituto informou que o caso foi repassado ao consórcio do Enem e para a Polícia Federal, que já estão investigando o caso.
Fonte: G1/RO