SEGURANÇA
As famílias dos apenados mortos durante motim ocorrido na madrugada desta segunda-feira(17), no presídio Ênio Pinheiro, em Porto Velho, receberão assistência da Secretaria de Estado da Justiça, segundo o secretário Marcos Rocha. Ele acrescentou que os suspeitos dos crimes foram identificados e transferidos para uma unidade prisional da capital.
Segundo Marcos Rocha, outros dois apenados ficaram gravemente feridos e foram encaminhados para tratamento no Hospital e Pronto Socorro João Paulo II. Os nomes das vítimas não foram fornecidos, embora uma lista circule entre jornalistas desde a manhã de segunda-feira.
“O presídio Ênio Pinheiro não costuma apresentar incidentes graves, uma vez que recebe apenados que estão próximos de ter acesso ao regime semiaberto” esclareceu o secretario. Nesta situação, os reeducandos podem trabalhar durante o dia e retornar à noite para as celas.
Uma investigação conduzida pela Polícia Civil vai apontar o envolvimento de cada um dos suspeitos nas mortes. Por conta disto, eles devem perdem direito a benefícios que estavam próximos de conquistar.
FACÇÕES
O motim foi causado por uma guerra entre facções criminosas em luta pelo poder na unidade prisional. Para Marcos Rocha, a ordem partiu de fora do presídio e pode estar relacionada a uma quebra do acordo de paz que existia entre os grupos.
O secretário da Sejus disse que uma tentativa de impor poder à força no presídio José Mário Alves, o Urso Branco, foi contida alguns dias atrás com a intervenção rápida do Grupo de Ações Táticas e Especiais da secretaria.
Ao evitar nomear as facções envolvidas no episódio desta segunda-feira, o secretário Marcos Rocha disse que o objetivo é não dar prestígio aos grupos.
Sobre o número de agentes penitenciários no sistema, o secretário disse que a média é de 2,7 apenados por agente. Segundo o Departamento Penitenciário Nacional, o recomendável é cinco apenados por agente.
A Sejus tem, conforme o secretário, investido na construção de presídios, qualificação de pessoal e aquisição de equipamentos, mas o número de presos que dão entrada no sistema penitenciário continua crescendo.