Líder sindical acredita em um equívoco do Estado ao afirmar quebra de acordo
O presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários e Socioeducadores do Estado de Rondônia (Singeperon), Anderson Pereira, saiu em defesa dos servidores da Secretaria de Estado de Justiça contra a nota equivocada divulgada nesta segunda-feira (20/06) pelo Governo do Estado de que houve quebra de acordo por parte do sindicato em relação ao movimento grevista deflagrado no último dia 16.
“O que coube ao Singeperon fazer foi cumprido. Suspendemos o movimento grevista na sexta, mesmo a contragosto da maioria dos servidores, e levamos a proposta de 90 dias solicitado pelo Governo para deliberação em assembleia no dia seguinte”, rechaçou.
Segundo o líder sindical, as autoridades estaduais sabem que a Comissão de Negociação de Greve, composta por membros da Diretoria do Singeperon e representantes das categorias, não firmam nenhum acordo sem o aval dos servidores por meio de decisão em assembleia. “Diferente do que foi dito na nota, tudo que conversamos na mesa de negociação foi levado e defendido para a categoria, onde pontuamos os pontos positivos e negativos”, explicou.
“Inclusive, esclarecemos aos filiados das possíveis consequências de se manter a greve, que já estava sob a mira de uma liminar da Justiça. Agimos com responsabilidade e os filiados também tiveram a mesma postura ao concederem o prazo mais que suficiente de 30 dias para o Estado cumprir a sua parte que enrola a meses”, acentuou o presidente do Singeperon.
Com a passagem do Dia do Agente Penitenciário e Socioeducador, no domingo (19/06), Anderson lembrou que esses servidores não tem muito o que comemorar, mas que devem ter orgulho da camisa que vestem e lutar por uma carreira mais digna e valorizada. “Já mostramos quanto ganha um agente penitenciário e socioeducador, onde o salário inicial não passa de R$ 1.891,26. Esses servidores são os que lidam com criminosos de alta periculosidade integrantes de facções do crime organizado, em locais insalubres e unidades sucateadas. Não dá para imaginar que um servidor que trabalha nessas condições por 25 anos tenha que se aposentar com um salário de R$ 3.379,36, como está na proposta do governo”, finalizou.