Ao todo, foram identificadas 67 áreas desmatadas só em Guajará-Mirim. Imagens são fruto do Programa de Monitoramento de Terras Especiais.
Pesquisadores do Sistema de Proteção à Amazônia (Sipam) identificaram aumento no desmatamento ilegal em várias áreas indígenas e unidades de conservação de Rondônia, Acre e Mato grosso. A descoberta aconteceu a partir de imagens de vários satélites, incluindo o Landsat 8 da Nasa. O desmatamento mais grave, de mais de mil hectares, foi registrado na cidade de Guajará-Mirim (RO), em uma área onde passa uma estrada dentro do parque estadual. A via foi aberta em 2014, durante a cheia histórica do Rio Madeira.
As áreas de desmatamento foram identificadas por meio de imagens de satélite sobrepostas, aliadas a técnicas de georreferenciamento que define a localização exata de uma propriedade, levando em conta as coordenadas e os limites da área. Com o resultado, foi possível observar a formação de trilhas e pátios de estocagem em uma área de quase um 1,5 milhão de Km² de unidades de conservação e terras indígenas, localizadas nos estados de Rondônia, Acre e Mato Grosso.
Essas imagens são fruto do Programa de Monitoramento de Terras Especiais (Pronae), cuja finalidade é identificar áreas menores de desmatamento. O Sipam já identificou 67 áreas de desmatamento dentro do Parque Estadual no município de Guajará-Mirim, especialmente na área onde passa a estrada que dá acesso ao município.
O desmatamento na região foi maior a partir do ano de 2014, de acordo com a chefe de sensoriamento remoto do Sipam, Clementina Brito. “Até 2014 nós tínhamos 1.078,27 hectares desmatados dentro do parque. Em 2015 foi para 1.297,80 hectares, ou seja, mais do que o identificado em 2014”, diz.
Segundo o Sipam, em 2014 foi aberta a estrada no parque de Guajará-Mirim que servia como rota alternativa para moradores de cidades atingidas pela cheia histórica do Rio Madeira, que inundou a BR-364 e 425. A estrada liga a zona rural do município de Nova Mamoré (RO) até Buritis (RO), no Vale do Jamari, e passa por 11 km dentro do Parque Estadual de Guajará-Mirim. A via também via conhecida por ser caminho de transporte de drogas na região.
Fonte:G1